CPI do 8 de Janeiro ouve autores da tentativa de ataque a bomba no aeroporto de Brasília

CPI do 8 de Janeiro ouve autores da tentativa de ataque a bomba no aeroporto de Brasília

Alan dos Santos e George Washington estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda e vão chegar à sessão com escolta policial

R7

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que investiga os atos de 8 de janeiro vai ouvir nesta quinta-feira, Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa. Os dois homens foram condenados por tentar explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado.

A sessã com eles marca os últimos depoimentos na CPI antes do recesso parlamentar dos deputados distritais, que termina no dia 1° de agosto. O calendário para outros depoimentos ainda não foi divulgado, mas os deputados já aprovaram requerimentos para ouvirem o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e até mesmo o comparecimento pela segunda vez do Coronel da Polícia Militar, Jorge Eduardo Naime.

Prisão

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou Alan Diego dos Santos a cinco anos e quatro meses de prisão, e George Washington de Oliveira Sousa a nove anos e quatro meses de reclusão, ambos em regime inicial fechado, por uma tentativa de explodir um caminhão tanque perto do Aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado. 

Em depoimento à polícia, George Washington de Oliveira Sousa, disse que a intenção era chamar atenção para o acampamento montado no Setor Militar Urbano, em Brasília, e para o movimento que contestava o resultado das eleições. Em 17 de janeiro, Alan Diego dos Santos se apresentou em uma delegacia de Comodoro, a 677 km de Cuiabá. O acampamento foi desmontado após os atos de vandalismo, em 8 de janeiro, que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Pedido

A CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que os presos possam comparecer na Casa Legislativa para depor na CPI e o ministro Alexandre de Moraes autorizou o pedido. 

Segundo a decisão do ministro Moraes, proferida em 15 de junho, deve ser garantido a eles o direito ao silêncio, a data deve ser informada ao STF e a condução de todos os investigados deverá ser feita mediante escolta policial.

Também foi autorizado a saída da prisão para depor na CPI os nomes: Mauro Cesar Barbosa Cid, José Acácio Serere Xavante, Cláudio Mendes dos Santos, Flávio Alencar e Jorge Eduardo Naime. 


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