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Especial

CPI: Rosário diz que "sigilo faz parte" de compra e irrita senadores

Ele respondia aos membros da CPI sobre a análise de irregularidades para a compra da vacina Covaxin pelo governo federal

| Foto: Pedro França / Agência Senado / CP

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 nesta terça-feira (21) que o “sigilo faz parte do processo” ao responder os senadores sobre a análise de irregularidades no contrato entre a Precisa Medicamentos com o Ministério da Saúde para a venda da vacina Covaxin. A resposta irritou alguns senadores, que já estavam incomodados com a postura do ministro.

O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou o ministro o porquê de a CGU não ter pedido a suspensão do processo ao identificar o uso de documentos considerados falsificados pela Precisa. Rosário não respondeu diretamente, mas pediu ao senador que apresentasse qualquer documento da CGU que determinou o prosseguimento do processo de compra. Segundo Rosário, a pasta instaurou um processo administrativo para investigar a suposta falsificação de documentos apresentados pela Precisa.

Os senadores da comissão também aproveitaram a pergunta de Calheiros para questionar o que a pasta fez para apurar as supostas irregularidades e qual foi a posição da CGU quando o Ministério da Saúde determinou sigilo sobre o processo administrativo que registra a compra da vacina indiana, produzida pelo laboratório Bharat Biotech.

“Nós não tomamos nenhuma, sigilo faz parte do processo”, respondeu Rosário, irritando os senadores. Diante dos protestos dos membros da CPI, Rosário prosseguiu, questionando se o contrato da Pfizer também estaria aberto. Ao ouvir do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que sim, Rosário o contradisse, negando que ele esteja disponível para consulta pública.

Antes, a postura do ministro já tinha rendido o adjetivo de “petulante” dos senadores. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu “compostura” de Rosário. “Ministro Wagner Rosário, eu vou lhe pedir um favor. Eu compreendo, porque o senhor é um ser humano, que o senhor pode estar irritado, mas vou pedir que o senhor tenha compostura. O senhor está no Senado da República. A sua fala, a todo instante, manifesta esse sentimento, e sentimento não deve ser norte de servidor público”, advertiu o senador.

A reunião, que começou com mais de uma hora de atraso, teve clima tenso desde os primeiros minutos. Senadores da oposição e da base do governo já discutiram diversas vezes nas primeiras duas horas da sessão.

Suposta prevaricação

Rosário também respondeu ao senador Omar Aziz (PSD-AM), dizendo que não prevaricou na investigação de suposto esquema no Ministério da Saúde. “Observando as falas na CPI, verifiquei que não foi apresentado, durante as manifestações de senadores, qual ato de ofício, previsto em lei ou em normas infralegais, este ministro de estado deixou de praticar, nem mesmo a existência de algum interesse ou sentimento pessoal que justificasse essa omissão”.

Na semana passada, Aziz pediu a inclusão do ministro no relatório final da comissão por suposta prevaricação. O pedido ocorreu depois que o empresário Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, apontado pelos senadores como lobista da empresa Precisa Medicamentos, disse que a CGU participou ao lado da Polícia Federal, em 2020, de uma operação no Pará que teve Albernaz como alvo.

"Inclusive, na busca e apreensão, eles estiveram na minha casa", disse Albernaz. "Então, o Wagner Rosário é um prevaricador. Tem que vir mesmo aqui, porque como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do Ministério e não tomou providência? O senhor Wagner Rosário tem que explicar não são as operações que ele fez, não, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir aqui pra jogar pra torcida, não. Ele vai jogar aqui no nosso campo", afirmou o presidente da CPI na última quarta-feira (15).

 

R7