CPMI da JBS inicia sessão para colher depoimento do empresário Joesley Batista

CPMI da JBS inicia sessão para colher depoimento do empresário Joesley Batista

Empresário deverá fazer uso do direito ao silêncio, informou assessoria jurídica do empresário

AE

Empresário deverá fazer uso do direito ao silêncio, informou assessoria jurídica do empresário

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS iniciou na manhã desta terça-feira sessão para colher o depoimento de Joesley Batista, proprietário da empresa. A oitiva acontece em conjunto com a CPI do BNDES, mas o empresário deverá fazer uso do direito ao silêncio.

Isso porque, em ofício encaminhado à CPMI nessa quarta-feira os advogados de Joesley Batista adiantaram que ele ficará calado. Além dele, outras três pessoas convocadas para depor à comissão já ficaram em silêncio desde o início dos trabalhos: Wesley Batista; o advogado Francisco de Assis e Silva e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud.

Joesley foi convocado porque é um dos delatores de denúncias que atingiram em cheio o governo Michel Temer. O dono da JBS teria mentido e omitido, no entanto, informações no acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o que levou o ministro Luiz Edson Fachin a suspendeu os benefícios do acordo.

Esvaziamento

Após seguidos reveses, a CPI Mista da JBS sofreu um esvaziamento e deve perder força na sua tentativa de responsabilizar ex-integrantes da cúpula da PGR por irregularidades nas tratativas que resultaram no acordo de colaboração premiada dos executivos da empresa.

A principal derrota foi a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de suspender o depoimento do procurador regional da República Eduardo Pelella, ex-braço direito de Rodrigo Janot, chefe da PGR quando o acordo foi assinado. Após a decisão, parlamentares passaram a admitir a possibilidade de desistir de ouvir Janot, depoimento inicialmente considerado crucial para os trabalhos da comissão.

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