CSB não participará de reunião de Temer sobre Reforma Trabalhista

CSB não participará de reunião de Temer sobre Reforma Trabalhista

Encontro foi marcado como parte do acordo do projeto já sancionada pelo presidente

AE

Reunião foi marcada como parte do acordo da reforma trabalhista, já sancionada por Temer

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A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em nota oficial, anunciou que não participará do encontro das centrais sindicais com o presidente Michel Temer, marcado para às 14h desta quinta-feira, no Palácio do Planalto, com a presença de Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho. Além da CSB, CUT e Nova Central Sindical também não participarão do encontro.

A reunião foi marcada como parte do acordo da Reforma Trabalhista, já sancionada por Temer. Aprovada a reforma, conforme acerto entre presidente e centrais sindicais, o governo irá discutir uma medida provisória (MP) para cobrir brechas da legislação negociada com os trabalhadores.

Um dos problemas da negociação é a cobrança do imposto sindical obrigatório, derrubado pelo texto, mas que fazia parte do pleito das centrais para não bombardear a reforma e o governo prometeu discutir uma solução paliativa. Pela reforma aprovada, o imposto sindical cobrado anualmente dos trabalhadores com carteira assinada não será descontado do salário em 2018, conforme tinha informado o Ministério do Trabalho.

O entendimento do Ministério do Trabalho enterra a possibilidade mencionada por alguns sindicalistas de que poderia haver, em 2018, cobrança do imposto sindical proporcional aos meses em que vigorou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) neste ano. Este deve ser um dos principais pontos de discussão do encontro.

Ao criticar a ideia da MP pelo governo, o presidente da CSB, Antonio Neto, diz, em nota que o novo texto "visa, exclusivamente, sanar as lacunas restantes para ampliar a exploração e a implementação imediata da supressão dos direitos trabalhistas, atendendo apenas ao patronato que não ficou satisfeito com a redução dos direitos implantada pela Lei 13.467".

O presidente da CSB afirmou ainda que, com a nova legislação, "o governo federal patrocinou o maior desmantelamento da estrutura de proteção aos direitos trabalhistas da história" e que "a negociação coletiva foi desestruturada e enfraquecida com a liberação de "acordos" individuais, fato que jogará o País num processo de instabilidade jurídica e de criação de passivos trabalhistas gigantescos".

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