Declaração de deputado do Rio sobre indígenas causa indignação na Bolívia
Rodrigo Amorim (PSL) afirmou que "quem gosta de índio, que vá para a Bolívia e é presidida por um índio"
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Lamentamos resurgimiento de ideología de supremacía racista (KKK), como réplica de xenofobia de gobierno de #EEUU. Ante intolerancia y discriminación, los pueblos indígenas promovemos respeto e integración. Tenemos los mismos derechos porque somos hij@s de la misma Madre Tierra.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 5 de janeiro de 2019
Segundo o jornal O Globo, Amorim, do partido do presidente Jair Bolsonaro e que foi o deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro, fez essas declarações ao se referir à Aldeia Maracanã, um terreno onde até 1977 funcionou o Museu do Índio e que abriga famílias indígenas. Amorim defendeu uma "faxina" no local (de 14.300 metros quadrados) para "restaurar a ordem".
Segundo o deputado, o espaço poderia servir como estacionamento, shopping, área de lazer ou equipamento acessório ao estádio do Maracanã, que fica ao lado da Aldeia. O ex-presidente boliviano Carlos Mesa escreveu nas redes sociais: "Declaração revoltante de deputado brasileiro ofende a Bolívia e não expressa a irmandade de nossos povos. Diferenças ideológicas entre governos não justificam tal afirmação. O indígena é parte essencial de nossas identidades e nossa força como nação".
Indignante declaración de diputado brasileño ofende a Bolivia y no expresa hermandad de nuestros pueblos. Diferencias ideológicas entre gobiernos no justifican tal afirmación. Lo indígena es parte esencial de nuestras identidades y nuestra fortaleza como nación.
— Carlos D. Mesa Gisbert (@carlosdmesag) 5 de janeiro de 2019
A ministra boliviana das Comunicações, Gisela López, escreveu no Twitter que o deputado brasileiro "despreza com ignorância supina nossos antepassados, os verdadeiros donos da Pátria Grande, com palavras que demonstram cegueira e pobreza espiritual".
El diputado brasileño Gustavo Amorim desprecia con ignorancia supina a nuestros antepasados, los verdaderos dueños de la Patria Grande, con palabras que demuestran ceguera y pobreza espiritual.
— Gisela López Rivas (@giselalopez68) 5 de janeiro de 2019