Demóstenes diz que Congresso está certo em criar CPMI do Cachoeira

Demóstenes diz que Congresso está certo em criar CPMI do Cachoeira

Senador foi flagrado pela PF em diversas conversas telefônicas com Carlinhos Cachoeira

Agência Brasil

Senador Demóstenes Torres, disse que apoia a criação de CPMI

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O principal parlamentar afetado pelas denúncias da Operação Monte Carlo, senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), disse nesta quinta-feira que apoia a criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar os escândalos de corrupção e tráfico de influência resultantes da investigação da Polícia Federal. Demóstenes, que está retornando ao Senado depois de mais de um mês, falou rapidamente com os jornalistas e disse que sempre foi “coerente”. “Acho que o Congresso Nacional tem razão para criar a CPMI. Respeito a decisão dos colegas e todos têm direito de assinar o requerimento de criação dela”.

O senador goiano foi flagrado em diversas conversas com Carlinhos Cachoeira, que é acusado pela Polícia Federal de ser o controlador da máfia de jogos ilegais em Goiás. Nos telefonemas grampeados, Demóstenes e Cachoeira tratam de inúmeros negócios como a relatoria de projetos relacionados aos jogos e a influência no Ministério Público, do qual o senador é membro e seu irmão é chefe em Goiás, para resolver questões de interesse da quadrilha denunciada.

Por causa das denúncias, que também afetam outras autoridades e funcionários públicos, Demóstenes Torres responde a um processo no Conselho de Ética do Senado e uma CPMI foi criada para investigar o caso. Apesar disso, o senador disse hoje que não se sentia constrangido em voltar ao Congresso e participar das atividades parlamentares. “Esta é minha Casa, fui eleito para isso”.

O senador deverá entregar sua defesa ao Conselho de Ética no próximo dia 25. Carlos Cachoeira está preso desde 1º de março e foi transferido ontem do Presídio Federal de Mossoró (RN) para a Penitenciária da Papuda, em Brasília. A CPMI criada hoje de manhã irá investigar a relação de Demóstenes, e o envolvimento de pelo menos cinco deputados federais, funcionários públicos do alto escalão dos governos do Distrito Federal e de Goiás e a construtora Delta com o empresário de jogos ilícitos.

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