Demora na sanção de socorro da União pode ampliar atraso nos salários dos servidores do RS

Demora na sanção de socorro da União pode ampliar atraso nos salários dos servidores do RS

Governador Eduardo Leite discutirá projeto em reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira

Correio do Povo

Governador Eduardo Leite irá se reunir com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira

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O governador Eduardo Leite e os demais chefes dos estados brasileiros devem se reunir na próxima quinta-feira com o presidente Jair Bolsonaro para discutir o projeto de socorro aos Estados e municípios, que destina R$ 500 milhões ao governo do RS. Apesar da considerar a pauta “urgente”, Eduardo Leite afirmou, em coletiva nesta terça-feira, temer que a demora na sanção presidencial aumente ainda mais o período de atraso da quitação da folha salarial dos servidores públicos – que representa a maior despesa ao RS.

“É fácil de fazer a conta: quando tivermos perdido R$ 1,7 bilhão vamos receber R$ 500 milhões de reposição de perdas. Esse desencaixe de fluxo compromete o pagamento de nossas obrigações, inclusive em relação aos funcionários públicos. Neste ano, nós vínhamos diminuindo o tempo para quitar a folha de pagamento. No mês anterior, tínhamos fechado em 13 dias o pagamento da folha. E agora vamos a mais de 40 dias para conseguir quitar a folha. Esse atraso é muito ruim, é negativo a toda a população”, apontou o governador.

Leite disse trabalhar com a previsão de que o repasse seja depositado ao final do mês de maio, caso o projeto seja sancionado em seguida. No mês de abril, o Rio Grande do Sul teve perda de R$ 500 milhões na arrecadação. Para o mês de maio, a projeção é de R$ 1 bilhão.

O desencaixe no fluxo deve afetar fortemente a economia de forma ainda mais ampla. “Quando demora a pagar a folha, atinge nossa economia porque atinge o poder de compra dos nossos servidores públicos”, lembrou. 

Um dos pontos que pode ser discutido nesta conversa virtual com o presidente Bolsonaro é a possibilidade de reajustes salariais aos funcionários públicos. “Conta que os governadores serão chamados a se manifestar sobre o veto do presidente aos reajustes salariais possíveis para os funcionários públicos. Eu não sei se será isso. Mas tem o meu apoio o veto do presidente”, afirmou em videoconferência.

Para o governador Eduardo Leite, o momento não é ideal para o aumento dos custos da máquina pública, que “acabam sendo aportados pela população brasileira que empobreceu”. No último domingo, secretários da Fazenda enviaram uma carta ao presidente Jair Bolsonaro pedindo a sanção imediata do socorro aos Estados. Os secretários alegam que o projeto está à disposição do presidente há uma semana e expressam preocupação com a demora.


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