Denunciada suposta contratação irregular de ambulâncias para atender em rodovias gaúchas

Diante do fim do contrato entre a Secretaria Estadual da Saúde e a empresa Medicar, que presta atendimento de emergência em rodovias gaúchas, o Sindicato dos Condutores de Ambulância do Rio Grande do Sul denunciou nesta sexta-feira irregularidades na prestação do serviço de socorro. Conforme a entidade, a companhia Risco Zero está prestes a ser contratada emergencialmente. O presidente do sindicato, Paulo Rogério Silva, teme que o convênio reduza o atendimento prestado.

• Governo vai retirar 16 ambulâncias das estradas gaúchas
• Sartori diz que Estado já economizou R$ 120 milhões com cortes de gastos

“Ao cuidar somente das vias, essa empresa não vai auxiliar os municípios. Com isso a contratação será feita somente com ambulâncias básicas, envolvendo motoristas com capacitação de técnico. Não profissionais da área da saúde”, destacou.

A empresa está exigindo que os motoristas tenham, além da habilitação, formação em técnico de enfermagem. Segundo o Sindicato, a legislação da profissão proíbe que os motoristas tenham a obrigação de realizar resgates. Ao consultar a empresa, a reportagem da Guaíba confirmou a exigência de formação, além de carteira de habilitação para motociclista.

No próximo domingo, o governo vai retirar das rodovias estaduais 16 ambulâncias usadas para atendimento a acidentes e o contrato emergencial firmado entre a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e a empresa Medicar acaba. Em nota, a Saúde informou que não vai renová-lo “por suas características jurídicas”. O investimento mensal era de R$ 1,8 milhão para manter as oito viaturas de suporte avançado e oito de suporte básico, mais as equipes especializadas na prestação do serviço.

A Empresa Gaúcha de Rodovias foi procurada pela reportagem, mas ainda não respondeu sobre a contratação da empresa de ambulâncias Risco Zero.