Deputado pede ao Congresso anistia aos policias no ES

Deputado pede ao Congresso anistia aos policias no ES

Parlamentar afirma que o Estado não pode deixar os profissionais em "condições de trabalho análogas a de escravo"

AE

Parlamentar afirma que o Estado não pode deixar os profissionais em "condições de trabalho análogas a de escravo"

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Membro da bancada da bala, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) apresentou nesta segunda-feira um projeto de lei que anistia os policiais militares do Espírito Santo por "atuação em movimentos reivindicatórios" no período de 1 a 13 de fevereiro. A proposta vai na contramão da orientação do Palácio do Planalto, que descartou qualquer perdão aos policiais que participaram da paralisação no Estado.

Na justificativa da proposta, Fraga diz que os policiais estão há quatro anos sem reajuste e o governo estadual aprovou reformas que impuseram a criação de um regime de previdência complementar, o que ele considera inconstitucional. "Diante da flagrante contraprestação do Estado e contínua precariedade das condições de trabalho, os militares ficaram sem opções de seguir na prestação do serviço público, de modo que suas esposas e filhos, acompanhando a precária situação e indignados com ela, começaram um movimento de luta por reajuste salarial e melhores condições para o exercício da profissão dos militares", diz o deputado no projeto.

O parlamentar afirma ainda que cabe ao Estado não deixar os profissionais em "condições de trabalho análogas a de escravo" e lamenta que "muitos" foquem apenas na inconstitucionalidade da mobilização. "Para os que dizem que a PM do Espírito Santo está fazendo muitos cidadãos reféns da insegurança com essa reivindicação, eu pergunto: há quanto tempo a PM é refém desse sistema corrupto, de inversão de valores e ausência do mínimo respaldo e valorização?", destaca.

Em visita ao Estado no último sábado, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, rechaçou a possibilidade de anistia aos militares. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sugeriu a federalização de crimes como o de motim.

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