Deputado pede desculpas em plenário após entrevista de rádio polêmica no Interior

Deputado pede desculpas em plenário após entrevista de rádio polêmica no Interior

Miguel Bianchini (PPL) não será punido após afirmar que a prática de recolher parte dos salários dos servidores é comum

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

Presidência da Assembleia, Edson Brum (PMDB) garantiu que Miguel Bianchini (PPL) não será punido após explicações

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O deputado Miguel Bianchini (PPL) usou a tribuna para pedir desculpas aos parlamentares na tarde desta quarta-feira na Assembleia Legislativa. Ele se explicou após ter concedido uma entrevista a uma emissora de rádio de Santiago, em que disse que a prática de recolher parte dos salários dos servidores é comum no Legislativo gaúcho.

Durante o pronunciamento, Bianchini disse que, na entrevista, se referia à contrariedade dele em relação à reeleição. Na interpretação do parlamentar, a continuidade de mandatos permite a adoção de métodos obscuros no exercício do cargo. Ao pedir desculpas, o deputado destacou que a intenção não era a de causar constrangimento e, com isso, se livrou de uma sanção por quebra de decoro.

Ao saber da retratação pública, o presidente da Assembleia, Edson Brum, do PMDB, declarou que Bianchini se redimiu e expôs a versão dele dos fatos e que, por isso, não vai haver punições.

Bianchini também disse apostar na compreensão dos demais colegas. Antes mesmo de se manifestar em plenário, ele publicou, na página pessoal que mantém na Internet, um texto buscando esclarecer o caso.

A previsão era de um pronunciamento, ainda nessa terça, durante a sessão plenária. “Ontem, a discussão era em torno de um tema maior que envolvia o Plano Estadual de Educação. Já havia me comprometido com o colégio de líderes sobre meus esclarecimentos e, por isso, antecipadamente ao meu discurso aos deputados divulguei o que realmente aconteceu nas redes sociais”, ponderou.

Bianchini deu entrevista em 11 de junho à Rádio Santiago, para um programa terceirizado para o Jornal Expresso: “É corriqueiro e sistemático usar essa estrutura para a próxima eleição. Imagina eu com 27 assessores trabalhando pra me reeleger em 2018, eu não saio mais de lá. Imagina eu com essa possibilidade de cobrar parte dos salários dos assessores pra formar um fundo de campanha pra investir em 2018, isso é uma prática normal, se vier algum político dizer que não existe é mentira. Existe, eu fui aconselhado quando fui à Assembleia de adotar estas práticas e de montar um gabinete político”, afirmou o deputado.

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