Deputados acionam STJ por declarações de Zema sobre ataques extremistas em Brasília

Deputados acionam STJ por declarações de Zema sobre ataques extremistas em Brasília

Parlamentares pedem que o Tribunal cobre esclarecimentos sobre fala que sugeriu conivência do Governo Federal

R7

Governador de Minas Gerais, Romeu Zema

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Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Zeca Dirceu (PT-PR) acionaram o STJ (superior Tribunal de Justiça), nesta terça-feira, solicitando que o órgão peça esclarecimentos ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sobre as declarações dadas referentes aos ataques extremistas de 8 de janeiro em Brasília. Os parlamentares, que são o atual representante do PT na Câmara e o representante eleito, questionam a veracidade das falas do político a uma rádio de Porto Alegre (RS), nesta segunda-feira (16).

Na oportunidade, Zema sugeriu que o Governo Federal "fez vistas grossas" à mobilização dos manifestantes extremistas para que "o pior acontecesse" e, assim, o governo se fizesse de vítima no caso. "Com esse comportamento em tese criminoso, o Interpelado acusa não apenas o Chefe do Poder Executivo, mas também os Integrantes do Poder Judiciário e do Poder Legislativo de omissões direcionadas para a produção de um resultado danoso, na medida em que todos titularizam, de forma lato sensu, a Administração Pública Federal", explicaram os deputados ao destacar que eles também teriam tido a imagem manchada pela declaração do governador.

"Trata-se de uma afirmação torpe, reprovável, caluniosa, incompatível com a dignidade e estatura de quem governa um dos maiores e mais importantes Estado da Federação", avaliaram os parlamentares sobre as falas de Zema.

Por fim, os políticos ainda pedem que a falta de respostas ou fornecimento de informações incompletas ou inverídicas darão "margem de imediato à propositura das competentes ações civis e criminais".

A reportagem procurou o Governo de Minas para comentar sobre o caso e aguarda retorno. O STJ ainda não informou se já acatou os pedidos dos deputados. O Planalto ainda não comentou sobre as declarações de Zema.


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