Deputados criticam velocidade proposta pelo governo em plano de banda larga nacional
Conexão a 1 Mb é inferior à média nacional, conforme Anatel
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Atualmente, a banda larga está disponível em 10,2 milhões de domicílios, a um custo médio de R$ 96. O plano, em fase de implementação pelo Executivo, prevê que a banda larga de 1 Mb chegue a cerca de 35 milhões de domicílios até 2014, a um preço de R$ 35
Para o presidente do colegiado, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), o plano é muito modesto para um país que representa a oitava economia mundial. “Já começa obsoleto”, disse. O deputado afirmou que o programa de banda larga dos Estados Unidos prevê o investimento de 50 bilhões de dólares (cerca de R$ 82,5 bilhões) para a oferta de internet com velocidade de 10 Mb.
Já o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Nelson Fujimoto, a prioridade do plano brasileiro é ampliar o acesso. “Posteriormente estudaremos a possibilidade de implementar uma super banda larga”, explicou. Um estudo preliminar do governo aponta a necessidade de investimentos de R$ 7 bilhões em quatro anos para a instalação de rede de fibras óticas em todos os municípios com mais de 30 mil habitantes (4,2 mil municípios aproximadamente), o que permitirá a disponibilidade do serviço a uma velocidade de 1 Mb. Desse total, o governo pretende investir R$ 4 bilhões (R$ 1 bi por ano). “O restante virá de parcerias com o setor privado”, acrescentou.
Velocidade do plano é inferior à média nacional
O superintendente de Universalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), José Gonçalves Neto, destacou que a velocidade média de conexão hoje no Brasil é de 1,7 Mb. Segundo ele, o grande problema são as desigualdades regionais. “O desafio será levar internet de alta velocidade às áreas rurais e remotas e às pequenas localidades”, disse.
Gonçalves Neto lembrou que o País apresenta grandes vazios demográficos, com populações isoladas, enquanto o Sudeste e o Centro-Oeste apresentam alto índice de urbanização. “Cerca de 85% da população ocupa apenas 1% do território”, completou.