Dilma assina portaria que implanta metrô em Porto Alegre
Ato ocorreu em lançamento de PAC Mobilidade Grandes Cidades
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Nessa segunda-feira, Fortunati se reuniu com representantes do Ministério do Planejamento e da Fazenda, mas a modelagem financeira ainda não foi definida. “São vários os cenários, as possibilidades. Acredito que teremos pela frente algumas reuniões técnicas para formatarmos essa situação da modelagem financeira do metrô”, disse.
A principal preocupação é em relação à forma como será liberada a verba para o projeto. No acordo costurado em outubro para viabilizar o metrô da Capital, a União se comprometeu a bancar R$ 1 bilhão. Como a obra está orçada em R$ 2,4 bilhões, a diferença seria dividida entre governo do Estado, prefeitura e iniciativa privada.
O governo federal, porém, entende que a empresa só deve ser paga ao final do projeto. Conforme Fortunati, isso pode elevar o valor total da construção, em razão da necessidade da construtora de obter recursos por outros meios. Caso contraia empréstimos, o mesmo acabará somado ao custo inicial.
Agora, o prazo é de 240 dias para que a construção seja iniciada, já que é necessária a realização do projeto executivo e de licenciamentos. Assim, caso não haja mais atrasos, a construção do metrô deve iniciar até o final do ano. O prazo previsto para construção em Porto Alegre é de quatro a cinco anos.
O projeto do metrô se baseia na integração com o Trensurb e BRTs (Bus Rapid Transit). Na fase inicial, serão construídas 13 estações, distribuídas entre o Centro da Capital e a zona Norte, sendo que o último ponto ficará localizado na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), na avenida Assis Brasil.
PAC Mobilidade Grandes Cidades
No lançamento do programa, a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso olhar pelo lado da mobilidade sustentável, com menor tempo perdido pela população no deslocamento, menor custo e melhor adequação ao meio ambiente. Conforme Dilma, no passado se dizia que o Brasil não tinha condições de investir em metrô e agora é preciso fazer isso, com o desafio de não parar as cidades.
O governo federal vai investir cerca de R$ 22 bilhões em recursos do Orçamento Geral da União e financiamentos para obras de transporte público, como Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), linhas de metrô e corredores exclusivos para ônibus. Com as contrapartidas estadual e municipal, o investimento total deve chegar a R$ 32 bilhões. Serão beneficiadas as populações de 51 municípios com mais de 700 mil habitantes em 18 estados.