Dilma confirma hoje verbas para o metrô

Dilma confirma hoje verbas para o metrô

Presidente anunciará também pacote com mais seis investimentos no RS

Flávia Bemfica / Correio do Povo

Presidente anunciará também pacote com mais seis investimentos no RS

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A presidente Dilma Rousseff (PT) vai anunciar neste sábado na solenidade na Assembleia Legislativa mais do que os R$ 3,5 bilhões em recursos do poder público para viabilizar o metrô de Porto Alegre (sendo 1,8 bilhão oriundos da União a fundo perdido, dentro do PAC da Mobilidade Urbana). O "pacote de bondades" do governo federal para o Estado na área da mobilidade urbana vai incluir no anúncio outras seis obras e projetos pleiteados pelo governo estadual e cidades da região Metropolitana, com investimento do poder público de aproximadamente mais R$ 200 milhões, sendo metade a fundo perdido e metade de financiamentos.

Com isso, o montante a ser anunciado como da União, sem necessidade de devolução, ficará ainda mais próximo do patamar dos R$ 2 bilhões. De acordo com o secretário estadual do Planejamento, João Motta, as obras foram definitivamente incluídas no anúncio após o governo do Estado ter aumentado para R$ 1 bilhão sua participação no investimento do metrô, com recursos a serem obtidos via financiamento.

Os R$ 210 milhões incluem as obras do corredor de ônibus na avenida Protásio Alves, em Porto Alegre, entre a avenida Saturnino de Brito e o Caminho do Meio, com instalação de faixa exclusiva à direita; e sua extensão, na divisa de Porto Alegre e Viamão; o corredor de ônibus com faixa exclusiva na avenida Frederico Dihl, em Alvorada; e o corredor de ônibus na Estrada do Conde, entre Eldorado do Sul e Guaíba.

A presidente vai divulgar ainda a disponibilização de recursos para a contratação de pelo menos dois projetos. Serão R$ 5 milhões para a contratação do projeto da chamada Perimetral Metropolitana, que prevê intervenções na zona Norte de Porto Alegre, em Viamão e Alvorada; e outro R$ 1 milhão para a contratação do projeto de ampliação da entrada da Capital pela avenida Castelo Branco. Até a noite de ontem estava em negociação se ela deve fazer referência ao projeto da segunda fase do aeromóvel em Canoas.

A segunda fase em Canoas é reivindicação forte da região Metropolitana, porque tem por objetivo utilizar, pela primeira vez, o aeromóvel para o transporte em massa de passageiros. A obra completa tem custo estimado de cerca de R$ 500 milhões e o sonho do prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), é de que comece a sair do papel já em 2014. Mas a avaliação do governo do Estado é de que o mais indicado seria 'deixar baixar a poeira do metrô de Porto Alegre' e pleitear os recursos na segunda fase de liberação do PAC Mobilidade Urbana.

Investimentos na saúde

Em entrevista para a Rádio Guaíba e outras emissoras de rádio do Estado, nessa sexta-feira, no Aeroporto de Canoas, onde desembarcou antes de ir a Novo Hamburgo, a presidente Dilma Rousseff defendeu a importância do Brasil em relação aos países vizinhos e respondeu sobre demandas da saúde e da mobilidade urbana. "É um absurdo não termos um mercado de circulação livre", disse Dilma, se referindo à necessidade de cooperação comercial entre os países do bloco, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Os investimentos em saúde também foram defendidos durante a coletiva. Para Dilma, a criação de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) foi importante para reduzir a demanda dos hospitais. 'Hoje há posto de saúde, unidade de atendimento e urgência e o hospital. Ligando isso tudo há o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Primeiro, a pessoa procura o posto de saúde, onde 80% dos casos são resolvidos. Se for algo de maior complexidade, vai para a unidade de pronto-atendimento. Acho que precisa de mais recursos para a chamada média complexidade e, principalmente, de mais médicos', disse.

A aliança da ex-senadora Marina Silva (PSB) com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi considerada por Dilma como "oscilações conjunturais do processo eleitoral". Ela disse respeitar todos que querem concorrer.

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