person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Dilma dá aval para análise de inclusão da Argentina no banco dos Brics

Medida confirmada pelo Novo Banco de Desenvolvimento ocorre após o presidente Lula articular socorro financeiro ao país vizinho

| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

Em meio às articulações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para oferecer suporte financeiro ao colega e presidente argentino, Alberto Fernández, o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, em inglês), conhecido como banco dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), avalia a inclusão da Argentina ao grupo. A presidente da instituição, Dilma Rousseff, já deu aval para as conversas.

"Ao se encontrar com o ministro da Economia da Argentina [Sergio Massa], Dilma informou que a expansão do quadro social é uma prioridade para o banco e que estava autorizado a dar continuidade às conversas com a Argentina", diz comunicado do NDB enviado à reportagem. "O banco está explorando oportunidades para expandir sua base de membros, e a Argentina é um país que manifestou interesse em ingressar no NDB", completa.

Desde 2021, o banco dos Brics recebeu três novos países membros: Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito. A instituição tem se envolvido ativamente com estados que compartilham a visão e valores e que podem contribuir com a missão de apoiar a infraestrutura e o desenvolvimento sustentável. Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil entre 2011 e 2016, comanda o órgão desde abril deste ano.

Por enquanto, não há previsão de um socorro financeiro do banco dos Brics à Argentina, como deseja Lula. E as conversas sobre a inclusão do país vizinho ao grupo internacional continuam. "A Dilma me disse que está trabalhando para mudar o regulamento [do Banco dos Brics], para contribuir e ajudar a Argentina", disse Lula no mês passado. O presidente brasileiro também se movimenta para enviar ajuda a Fernández via Fundo Monetário Internacional (FMI).

Durante reunião do G7, no Japão, Lula defendeu a Argentina em encontro com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva. Em junho, os dois tiveram um encontro em Hiroshima, e o presidente destacou que a situação econômica do país vizinho é ponto necessário no equilíbrio regional da América do Sul.

Outra possibilidade aventada é um socorro financeiro à Argentina via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No caso, é estudada a criação de uma linha especial de crédito, que viria a facilitar as exportações brasileiras ao país vizinho.

Outro tema sobre a mesa é a vinculação do gasoduto Vaca Muerta com a rede que abastece o sul do Brasil. Para concluir a obra antes do fim do mandato, Fernández precisa de um financiamento na casa dos US$ 700 milhões.

Maior parceiro do Brasil na América do Sul

O país vizinho é o maior parceiro econômico do Brasil na América do Sul, e Lula quer que o Brasil promova um gesto de solidariedade internacional com a Argentina. Ele é amigo pessoal de Fernández, que enfrenta uma grave crise fiscal e monetária, com inflação anual superior a 100%.

Além disso, o país registrou recentemente a mais severa seca dos últimos 60 anos, o que ocasionou quedas nas exportações e menor receita de imposto, agravando ainda mais a situação argentina. O presidente da Argentina não pretende disputar um novo mandato nas eleições presidenciais de 22 de outubro. Pela quarta vez neste ano, Fernández planeja vir ao Brasil em junho — a previsão é o dia 26 —, justamente para debater medidas de apoio financeiro.

A visita do argentino é uma cortesia, uma espécie de retribuição, por Lula ter ido em janeiro à Buenos Aires. Na ocasião, o petista escolheu o país vizinho como sua primeira viagem internacional após assumir a Presidência da República pela terceira vez.

R7