Lula se reúne com presidente da Argentina para discutir medidas de socorro ao país vizinho

Lula se reúne com presidente da Argentina para discutir medidas de socorro ao país vizinho

Encontro ocorre no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (2); Celso Amorim e Aloizio Mercadante estão presentes

R7

Encontro ocorre no Palácio da Alvorada nesta terça-feira (2)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, na tarde desta terça-feira (2), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, para uma reunião para tratar de um pacote de medidas de socorro ao país vizinho. O encontro é no Palácio da Alvorada. 

A reunião foi marcada durante uma chamada de vídeo, de 45 minutos, entre os dois chefes de Estado em 27 de abril, ocasião em que ambos ressaltaram a importância de aprofundar o comércio bilateral, além de terem conversado sobre outros temas, segundo o governo argentino.

Como noticiou a colunista Christina Lemos, Lula quer que o Brasil promova um gesto de solidariedade internacional. A Argentina enfrenta atualmente uma grave crise fiscal e monetária, com inflação anual superior a 100%.

Entre as medidas estudadas pelo governo brasileiro está a liberação de uma linha especial de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que vai facilitar as exportações brasileiras para a Argentina.

Outro tema sobre a mesa é a vinculação do gasoduto Vaca Muerta com a rede que abastece o Sul do Brasil. Para concluir a obra antes do fim do mandato dele, neste ano, Fernández precisa de um financiamento na casa dos 700 milhões de dólares.

Diversas autoridades acompanham a reunião entre Lula e Fernández, como Aloizio Mercadante (presidente do BNDES), Celso Amorim (assessor especial para Assuntos Internacionais) e Fernando Haddad (Fazenda).

Garantias ao Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro só vai financiar o pacote de socorro financeiro à Argentina caso o país vizinho ofereça garantias ao Brasil. O objetivo é evitar que haja calote por parte do vizinho portenho.

"Não pode haver nenhum tipo de dificuldade das empresas brasileiras estarem na situação em que estão. Então, nós estamos tentando encontrar uma solução mediada. É, necessariamente, para que possamos garantir que esse fluxo não seja interrompido. A forma de dar essa garantia é que está sendo estudada", disse Haddad.

"O que nós queremos é não perder espaço de exportação para a Argentina. São mais de 200 empresas brasileiras que não só não estão exportando, como muitas não estão recebendo. Estão com o valor retido na Argentina em virtude da falta de divisas. Vamos sentar hoje para verificar se é possível levar hoje ao presidente, na reunião seguida de jantar, talvez uma solução para isso. Porque, obviamente, tem que assegurar que os nossos exportadores recebam pelo produto exportado", completou.


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