Dilma diz que protagonismo do Brics não deve ser confundido com desejo de dominação

Dilma diz que protagonismo do Brics não deve ser confundido com desejo de dominação

Presidente garantiu que o bloco não é uma opção estratégica contrária ao interesse de outros países

Agência Brasil

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A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o protagonismo do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – não deve ser confundido com exercício de poder hegemônico ou desejo de dominação.

“Nosso ativismo não deve ser confundido com o exercício de poder hegemônico ou o desejo de dominação. Tampouco deve ser visto como uma opção estratégica contrária ao interesse de outros países. A força do nosso projeto é o seu potencial positivo de transformação do sistema internacional, que queremos sempre mais justo e igualitário”, afirmou a presidente, em discurso na 6ª Cúpula do Brics, em Fortaleza.

Na ocasião, foi anunciada a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e também de um fundo de reservas para o grupo. O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Assinado o acordo que cria a instituição, ela precisara ainda da aprovação do Parlamento de cada um dos cinco países. O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, para os países do bloco com dificuldades financeiras e também deverá beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento.

Dilma destacou que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul têm incentivado mecanismos de integração econômica e governança regional em suas respectivas regiões e citou como exemplos a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), na América Latina, e as comunidades de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), para o Desenvolvimento da África Austral e de Estados Independentes, além da Associação de Nações do Sul Asiático (Asean).

A presidente lembrou ainda que o crescimento recente dos integrantes do Brics supera o crescimento da economia mundial e destacou a necessidade de fortalecer a parceria econômica entre esses países por meio do Foro Empresarial do grupo. “Nossa atuação não é apenas uma manifestação do que somos hoje. Ela representa, sobretudo, o que queremos ser no futuro próximo e no longo prazo”, acrescentou Dilma.

Para ela, o grupo assumiu papel de protagonista na esfera internacional, principalmente após a crise econômica de 2009. “Estamos não apenas entre as maiores economias do mundo, mas também entre as que mais cresceram nos últimos anos. Os países do Brics são essenciais para a prosperidade do planeta. Somos responsáveis pela mitigação dos efeitos da crise financeira global e pelo sustentado crescimento da economia mundial desde então.”

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