Dilma pede para ministro do Turismo priorizar a Copa
Gastão Vieira negou que a proximidade com Sarney vai interferir na sua gestão
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Há pouco mais de um mês, o Ministério do Turismo foi alvo da Operação Voucher, da Polícia Federal, que investigou convênios da pasta com uma empresa responsável por realizar cursos de capacitação de mão de obra no Amapá. A operação resultou na prisão e afastamento de 36 servidores do órgão, inclusive o então secretário executivo da pasta, Frederico da Silva Costa.
Ainda na noite de ontem, Gastão esteve reunido com Dilma, depois que o ministro Pedro Novais entregou carta de demissão motivada por suspeitas de uso indevido de recursos públicos. Gastão passou toda a manhã de hoje no Ministério do Turismo reunido com Novais para conhecer detalhes do funcionamento da pasta. A posse do novo ministro deve ocorrer nesta sexta, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Gastão negou que a proximidade que tem com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), vá interferir na sua gestão. “Absolutamente, há muito tempo sou ligado à família Sarney e ele sempre me respeitou como parlamentar. Exerci meus cinco mandatos e ele nunca pediu para que eu fizesse ou deixasse de fazer nada”.
“Ministro genérico”
O deputado também esclareceu as declarações dadas mais cedo, em entrevista à rádio Estadão ESPN, de que não se considera um ministro genérico. "Eu não sou genérico porque não sou aquilo que serve para qualquer doença. Eu tenho imensa capacidade de ouvir a equipe técnica", disse Vieira ao chegar para o Fórum Nacional do PMDB.
Indagado sobre se a sua ligação com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), diminuía a presença dele no ministério, Vieira disse: "Absolutamente não. Sou ligado a família Sarney há muito tempo, mas Sarney nunca me impôs nada. Tenho objetivos muito claros na minha cabeça."