Dino diz que adotará ‘providências’ sobre ação de agentes federais em prisão de reitor em 2017

Dino diz que adotará ‘providências’ sobre ação de agentes federais em prisão de reitor em 2017

Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, foi apontado por desvio de recursos e cometeu suicídio dias depois; TCU considerou caso improcedente

R7

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou neste sábado (8) em suas redes sociais que adotará "as providências cabíveis" para apurar possíveis irregularidades de agentes federais na prisão do então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, em 2017, por suspeita de irregularidades na instituição. Três semanas depois da prisão, ele cometeu suicídio.

Dino não informou que medidas serão adotadas. O R7 procurou a assessoria do ministro, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Nas postagens, ele cita decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que revelou que não houve irregularidade no programa da universidade. 

O documento do TCU, a que o R7 teve acesso, revela que os conselheiros consideraram a denúncia improcedente e, por unanimidade, decidiram pelo arquivamento do caso.

Relembre o caso

Cancellier foi preso pela Polícia Federal na Operação Ouvidos Moucos, um desdobramento da Lava Jato. A suspeita era de superfaturamento nos contratos de locação de veículos com motoristas para a UFSC, pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) e executados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

Mesmo sem acusação formal, ele foi algemado e passou um dia preso. O caso levou ao afastamento dele da universidade. Em um bilhete divulgado pelo irmão do reitor à época, e que passou por perícia, Cancellier escreveu: "Minha morte foi decretada quando fui banido da universidade".


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