Dirceu e Delúbio deixam prisão em Brasília para trabalhar
Ex-ministro José Dirceu, foi o primeiro a deixar nesta quinta o CCP
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O ex-ministro José Dirceu, foi o primeiro a deixar nesta quinta o CCP em direção ao escritório do advogado José Gerardo Grossi, em Brasília. O ex-ministro trabalhará das 9h às 18h em atividades diversas no escritório. Ele Receberá salário mensal de R$ 2,1 mil e não poderá advogar. Já Delúbio foi contratado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o trabalho durante o dia e voltará para a prisão à noite. Antes de ser tesoureiro do PT, ele foi tesoureiro nacional da CUT.
Os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR), Bispo Rodrigues (PR) e João Paulo Cunha (PT) também deixaram o CPP nesta manhã para trabalho externo.
Regras
O advogado José Gerardo Grossi esteve na Vara de Execuções Penais para se informar sobre regras do trabalho externo. O preso deve executar apenas atividades internas e fica sob fiscalização direta do empregador. Este tem de informar ao juiz de Execuções Penais faltas e afastamentos e, todo mês, encaminhar ao CPP comprovante de frequência.
Semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o trabalho externo de Dirceu e derrubou decisão do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que havia negado o pedido, sob o argumento de que o ex-ministro não cumpriu um sexto da pena. Após anunciar aposentadoria, em maio, Barbosa deixou a relatoria do mensalão.
Nessa quarta, o ex-ministro foi transferido do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, para o Centro de Progressão Penitenciária, estabelecimento que abriga presos autorizados pela Justiça a trabalhar fora da cadeia. Também foram levados ao CPP o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que vai trabalhar na CUT, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR), que dará expediente num restaurante.