Disputas causam adiamento da CPI distrital para investigar atos de vandalismo em Brasília

Disputas causam adiamento da CPI distrital para investigar atos de vandalismo em Brasília

Em menor número, oposição pede presidência ou relatoria do colegiado; grupo argumenta que cargo trará imparcialidade

R7

Chico Vigilante quer a relatoria ou a presidência da CPI

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Deputados distritais não chegaram a um consenso sobre a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos de vândalos extremistas ocorridos em 12 de dezembro e 8 de janeiro. A expectativa era que o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Wellington Luiz (MDB) instaurasse o colegiado nesta quarta-feira (1º), mas os membros estão disputando a presidência e a relatoria do grupo.

A oposição quer que o deputado Chico Vigilante (PT) assuma a presidência da CPI ou a relatoria. O argumento é que o grupo tem menos nomes e menos peso na hora de votar. Estar em um dos cargos equilibraria o jogo. Os membros do colegiado vão tentar chegar a um consenso até as 15h de quinta-feira (2) e a promessa é que se reúnam mesmo que não haja quórum para a sessão ordinária.

O R7 apurou que havia um acordo para que o distrital Pastor Daniel de Castro (PP) assuma a presidência. Mas os deputados Hermeto (MDB) e Chico Vigilante (PT) pleitearam a relatoria. Sem uma garantia, a oposição disse que não apoiaria Castro na presidência e as discussões voltaram à etapa inicial.

Os parlamentares pretendem investigar quem são os responsáveis pela tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro, que resultou em carros e ônibus queimados no centro da capital federal. Apura-se também quem está por trás dos atos em que radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Sessão legislativa

A CLDF fez a primeira sessão ordinária do ano nesta quarta-feira. A sessão teve início com o discurso da governadora em Exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e do presidente da Casa, Wellington Luiz.

Celina Leão pediu estabilidade, ressaltou que é interina e que aguarda o retorno do governador, Ibaneis Rocha (MDB), afastado após os atos de 8 de janeiro, e garantiu que que governará para todos e pretende ouvir todos os parlamentares, incluindo a oposição.


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