Doleiro faz novas denúncias que relacionam caso Petrobras ao mensalão

Doleiro faz novas denúncias que relacionam caso Petrobras ao mensalão

Remessas de dinheiro teriam sido feitas a pedido de deputado envolvido em escândalo anterior

AE

Segundo Youssefff, Janene usava o dinheiro de propinas para investir em outros negócios

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O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta segunda-feira, em depoimento à Justiça Federal em Curitiba, que Carlos Habib Chater, dono de postos de combustíveis em Brasília, fez pagamentos de propinas de obras da Petrobras a políticos, a seu pedido. Youssef contou que fazia transferências bancárias para Chater, que providenciava a entrega em dinheiro. Youssef disse que parte das remessas de Brasília para São Paulo foi feita a pedido do deputado José Janene, (PP-SP), morto em 2010, um dos investigados no mensalão. Segundo ele, Janene usava o dinheiro de propinas para investir em outros negócios.

Segundo Youssef, há contabilidade que comprova as operações. Para a Polícia Federal (PF), Chater, também preso na Operação Lava Jato, é um dos maiores doleiros de Brasília. A ligação entre Chater e Youssef foi revelada em interceptações telefônicas feitas pela PF na Lava Jato. Nas conversas, os dois comentavam sobre uma remessa de dinheiro, em dólar, de Brasília a São Paulo.

Youssef afirmou que operava com Chater desde 2005 e que seu parceiro anterior no negócio morreu em um assalto. Ele confirmou que Chater tinha relacionamento com o também doleiro Fayed Trabulsi, preso na Operação Miqueias, da PF, e que tinha políticos em sua agenda. Chater também prestou depoimento à Justiça Federal do Paraná e negou atuar como doleiro.



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