Eike Batista presta depoimento à Polícia Federal no Rio
Grupo de pessoas se manifestou na chega da empresário acusado de pagar propinas
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O empresário, que desde segunda-feira, depois de ser transferido do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio, está preso na penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9), no complexo de Gericinó, na zona Oeste, é acusado de pagar propinas ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para se beneficiar em contratos na administração estadual.
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Apesar do empresário já ter sido levado para o interior das instalações da PF, um grupo de pessoas permanece do lado de fora da superintendência.
"A princípio não há possibilidade de delação", diz advogado de Eike
O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, disse que "a princípio não há possibilidade de delação" por parte do empresário. A declaração foi dada assim que Martins chegou à Polícia Federal, por volta das 14h10min. Ele aguardava a chegada de Eike, na sede da PF, para acompanhá-lo no depoimento. Eike chegou às 14h45min para depor na Delegacia de Combate à Corrupção. Preso na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecido como Bangu 9, desde segunda-feira, ele foi ao local em uma caminhonete preta da PF, escoltado por outra viatura.
Algumas pessoas esperavam a chegada do lado de fora e entoaram gritos de "ladrão, ladrão" no momento em que ele desembarcou, no estacionamento interno. Eike estava com uniforme de preso: calça jeans, camiseta e sandálias.
Antes de embarcar para o Brasil, Eike sinalizou em entrevistas que pretende colaborar com as investigações, ao afirmar que vai mostrar "como as coisas são". Martins chegou a dizer, na porta do presídio Ary Franco, no Rio, que ainda não teria uma estratégia de defesa definida. A expectativa é que ele opte por uma delação premiada, mas, para isso, terá que negociar com o Ministério Público Federal (MPF).