Eleição 2024: articulações crescem na região Metropolitana de Porto Alegre
Correio do Povo apresenta, a partir de hoje, como estão as movimentações políticas nas dez maiores cidades da RMPA para as disputas do ano que vem
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Faltando cerca de um ano e dois meses para as eleições municipais, não é apenas em Porto Alegre que o tabuleiro começa a se formar. Nas cidades próximas, na região metropolitana, são intensas as articulações para definição de chapas e eventuais alianças. Ainda que pelo dinamismo da política os cenários possam mudar, algumas sinalizações importantes já podem ser percebidas.
O Correio do Povo destaca, a partir de hoje, o panorama dos dez maiores municípios em número de habitantes, conforme o Censo de 2022. Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Viamão, São Leopoldo, Alvorada, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Guaíba e Esteio, nesta ordem, somam mais de 1,9 milhão de gaúchos, o que representa 17,5% dos habitantes do RS.
A primeira reportagem é sobre Canoas.
Além disso, essas cidades movimentaram R$ 73,8 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB), conforme o IBGE, de 2020, cerca de 15,67% do total do PIB do Estado. Dado o tamanho e importância econômica dos municípios, a promessa é de um período eleitoral intenso.
Para os partidos, essas grandes cidades periféricas à Capital representam um relevante ativo político. Com 1,4 milhão de eleitores aptos a irem às urnas, segundo dados do ano passado, um bom desempenho dos políticos pode prepará-los para voos maiores, buscando cadeiras na Assembleia ou na Câmara dos Deputados. É o caso do ex-prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato (União), eleito deputado federal no ano passado, e dos eleitos deputados estaduais, o segundo colocado na última eleição para a prefeitura de Novo Hamburgo, Delegado Zucco (Republicanos), do prefeito eleito de Viamão, Valdir Bonatto (PSDB), e da ex-prefeita de Alvorada, Stela Farias (PT), por exemplo.
No ano passado, dos dez municípios, somente Viamão e Sapucaia do Sul deram vitória no segundo turno das eleições para o presidente Lula (PT). Nos outros oito, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o mais votado, indicando uma inclinação mais à direita do eleitorado. Ao mesmo tempo, a vitória do petista em âmbito nacional pode fortalecer candidaturas à esquerda. Em 2008, no segundo governo Lula, sete dos dez municípios retratados no levantamento tiveram, simultaneamente, eleição de prefeitos do PT.
