Eleições 2022: Janela partidária termina e quadro político se define

A janela partidária encerra-se nessa semana, assim como o prazo para a desincompatibilização de quem pretende concorrer na eleição e ocupa alguns tipos de cargo público. Concluídas, as duas movimentações deverão começar a definir o quadro político para as eleições de outubro. A troca de partido sem a perda do mandato no caso de deputados é permitida até o dia 1º de abril.

Já a desincompatibilização deve ser formalizada até o dia 2 de abril. Essa última, impacta diretamente a composição de ministérios do governo federal e das gestões estaduais. No caso do governo de Jair Bolsonaro são estimadas, no mínimo, dez mudanças. O ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, é um dos que deixará o cargo para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

Tereza Cristina (Agricultura), Ciro Nogueira, (Casa Civil); Tarcisio de Freitas (Infraestrutura); João Roma (Cidadania); Fábio Faria (Comunicações); Marcos Pontes (Ciência); Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), são outros nomes que deverão deixar a Explanada dos Ministérios. 

Tensão no ninho tucano

Nessas movimentações, nessa segunda-feira, por exemplo, está prevista a manifestação do governador Eduardo Leite (PSDB), que vinha sendo sondado pelo PSD, de Gilberto Kassab, para trocar de partido e, assim, ser o nome da sigla na disputa presidencial. A expectativa é de que ele anuncie que ficará no ninho tucano. Porém, deverá deixar o cargo de governador para ter condições de concorrer a presidente da República. 

Nessa semana também estão previstas outras trocas de partidos e novas filiações. Na semana passada, um dos grandes atos nesse caso foi a filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, para compor chapa com o PT.

A janela partidária já provocou mudanças consideráveis nas forças políticas no Congresso e assembleias. Na Câmara Federal, foram mais de 55 trocas. No Legislativo gaúcho, já foram oficializadas oito trocas de siglas, entre os 55 deputados. São esperadas mais duas trocas de siglas. Com a movimentação das cadeiras, o União Brasil (resultado da fusão do PSL e Dem) e o PTB acabaram perdendo força. Já o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, foi o que recebeu maior reforço.