Eleições 2024: Maria do Rosário prioriza frente ampla em POA: "Meu nome não é mais importante"

Eleições 2024: Maria do Rosário prioriza frente ampla em POA: "Meu nome não é mais importante"

Indicada do PT para a disputa da prefeitura, deputada federal não descarta prévias com partidos aliados e defende projeto que "represente governo Lula"

Felipe Nabinger

Maria do Rosário concedeu entrevista ao programa Esfera Pública

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A deputada federal Maria do Rosário (PT) defendeu a construção de uma frente ampla, que construa um projeto para a disputa da prefeitura de Porto Alegre em 2024. Dizendo não haver pressa para fechar a chapa majoritária do campo do centro para a esquerda, ela prioriza o diálogo entre as siglas desse espectro e a unidade. Maria do Rosário foi anunciada, na quinta-feira passada, como nome dos petistas para a disputa.

"O PT vai conversar com todos. Meu nome foi aqui trabalhado, mas não me coloco como uma pessoa, individualmente. É um partido. Meu nome não é mais importante que a unidade que vamos construir. É hora de um projeto de cidade, uma cidade mais humana", afirmou Maria do Rosário, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba. Ela disse que há necessidade de "ir além" na construção de um projeto de cidade "mais humana".

Em âmbito nacional, o PT deve apresentar seus nomes até o dia 30 de novembro. Em Porto Alegre, afirmou, a definição do partido foi por um nome que representasse o projeto do presidente Lula. A ideia é replicar de forma adaptada à realidade da Capital gaúcha os programas do governo federal, contando com o PCdoB e o PV, que formam federação com o PT, com a federação PSol-Rede, e siglas como PDT e PSB.

Sobre a indicação de chapa completa pelo PSol, que será confirmada no congresso do próximo dia 3, com a deputada estadual Luciana Genro como pré-candidata à prefeitura e Tamyres Filgueira, na vice, Maria diz ser “ótimo” que os partidos apresentem nomes e que as siglas têm muitos quadros capacitados. Ela não descarta prévias contando com os indicados das agremiações ou outra forma de consulta para definição de chapa. O PDT colocou em conversas com o PT o nome de Juliana Brizola.

Quanto à busca do PT por retomar o Executivo municipal, tendo ocupado o Paço por 16 anos, entre janeiro de 1989 e janeiro de 2005, a deputada disse que estarão em jogo dois projetos: um que representa políticas adotadas pelo partido nacionalmente com Lula e outro com modelos privatizadores, como os do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.

“Estamos diante de um esgotamento de um projeto em Porto Alegre. Quem governa a Capital há 20 anos já apresentou o que queria e privatizou demais, piorando a vida da população”, afirmou. Voltou a lamentar a privatização da Carris, dizendo estudar formas legais de reversão, além de defender o Dmae público, tendo capacidade de cumprir exigências do Marco Legal do Saneamento Básico sem necessidade de venda parcial.


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