Eleições 2024: Torres tem articulações intensas na situação e na oposição

Eleições 2024: Torres tem articulações intensas na situação e na oposição

Mudanças partidárias, reuniões e tentetivas de composição de chapas vêm sendo trabalhadas

Felipe Nabinger

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Município famoso por suas praias, morros e pelo festival de balonismo, Torres é uma das cidades que compõem o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, junto de outros municípios gaúchos e catarinenses. Sua população cresceu mais de 20% entre os censos de 2010 e 2022, passando de 34 mil para 41 mil habitantes. No âmbito político, é mais uma cidade do Litoral Norte onde o atual prefeito vem de reeleição e não poderá disputar o pleito de 2024, tendo articulação intensa da situação e da oposição para formação de chapas.

A tentativa de sucessão de Carlos Souza (PP) deve ficar à cargo do presidente municipal do seu partido, o empresário Nasser Samhan. Seu vice por dois mandatos, o médico Fábio Amoretti, e outros quatro nomes chegaram a ser especulados. No final de outubro, Samhan reuniu em evento empresários em apoio a sua pré-campanha, contando com a presença do atual prefeito, único ente político convidado para o ato.

Segundo colocado em 2020, o ex-vereador Carlos Tubarão deixou o PDT, partido pelo qual disputou a eleição, migrando para o PSDB. Ele teve a ficha abonada em evento que contou com a presença de Nasser e do prefeito, que ressaltou a união entre os tucanos e os progressistas. Uma formação de chapa com Nasser e Tubarão não pode ser descartada.

 

O PDT e o MDB, que teve o terceiro colocado no último pleito, o ex-vereador Alessandro Bauer, articulam uma união de oposição ao grupo que atualmente está no governo. Os partidos afirmam ter um “debate construtivo e visões alinhadas”. Ex-prefeito por dois mandatos, eleito em 2004 e 2008, João Alberto Machado Cardoso (MDB) vem coordenando um grupo de trabalho visando as eleições de 2024. 

Embora seu nome, e o dos vereadores emedebistas Dilson Boaventura, Igor Beretta e o próprio Alessandro Bauer tenham ventilado, ganhou força nos últimos meses o do empresário Delci Dimer, visto como uma opção de fora do cenário político, um outsider, que poderia fazer frente à chapa governista.

O PT, que conversa com MDB e PDT, com quem faz oposição à atual gestão na Câmara de Vereadores, aposta no vereador Moisés Trisch, único representante do partido no parlamento, como pré-candidato. O partido busca alianças também com siglas de centro-esquerda.

Mais à direita, o PL é outro partido que lançou pré-candidata. A sigla apostará em Gisa Weber, que concorreu pelo PSD ao cargo de vice na chapa de Tubarão no último pleito. Ela, que foi vereadora pelo PP, estava entre as lideranças filiadas ao PL em evento com o ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrido em Esteio, no dia 17 de novembro.


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