Em Alpestre, no Norte do RS, eleitores também vão escolher o novo prefeito

Em Alpestre, no Norte do RS, eleitores também vão escolher o novo prefeito

Em 2017, uma operação do MP afastou o chefe do executivo do município

Correio do Povo com Agência Brasil

Prefeitura de Alpestre, no Norte do RS

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Além de votar para presidente da República e governador, os eleitores de Alpestre, no Norte do Rio Grande do Sul, também escolherão, neste domingo, o novo prefeito do município. Concorrem ao pleito, os candidatos Dr. Alcir (MDB) e Dr. Valdir (PDT).

Uma operação do Ministério Público do Estado afastou, em dezembro de 2017, o prefeito eleito por suspostas fraudes em licitações. Além do chefe do executivo, o vice-prefeito, os secretários da Fazenda e de Obras, dois assessores jurídicos e outros dois servidores do município foram afastados. 

Em todo o país, outras 18 cidades também vão às urnas amanhã para escolher os prefeitos. As eleições suplementares vão mobilizar o eleitorado de cinco municípios de Goiás, quatro de São Paulo, três do Rio de Janeiro, dois do Amazonas, um do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Mato Grosso, um do Ceará e um do Maranhão.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para permitir as diferentes votações, a Secretaria de Tecnologia da Informação desenvolveu o Programa de Múltiplas Eleições, que "permite a programação da urna eletrônica com composições que variam conforme as exigências de cada pleito". Além de acrescentar a votação para prefeito, em algumas regiões as urnas foram preparadas para a eleição do Conselho Distrital e plebiscitos.

A operação do MP

Segundo as investigações, desde 2013, com o consentimento do prefeito, o vice-prefeito, os assessores jurídicos e os servidores organizaram um esquema de direcionamento de licitações para empresas que pagavam propina. Conforme delações premiadas de empresários ao MP, a propina era direcionada ao vice-prefeito, em valores que variavam até 15% dos valores dos contratos, especialmente para compra de máquinas pesadas e pavimentação asfáltica. Até este momento das investigações, os valores dos contratos fraudados estão estimados em R$ 10 milhões.

Além das licitações, o esquema também atuava a partir do fracionamento de compras, para que não houvesse necessidade de concorrência. Compras de peças de máquinas eram realizadas até chegar ao valor de R$ 8 mil, para evitar a necessidade de realização de licitações. Com isso, empresas do ramo eram favorecidas – sempre a partir do pagamento de propina.

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