Em Brasília, Leite defende definições para que texto da reforma tributária avance

Em Brasília, Leite defende definições para que texto da reforma tributária avance

Em reunião com ministro do Desenvolvimento Regional, governador defendeu critérios para o Fundo de Desenvolvimento Regional e regras de governança para o Conselho Federativo

AE

Eduardo Leite deve confirmar candidatura ao governo do RS

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Em Brasília desde ontem, para a discussão do projeto de reforma tributária, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, defende é preciso definir três pontos principais para que o texto da proposta avance: os critérios de repartição do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), regras de governança para o Conselho Federativo que administrará o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) - que unificará ICMS e ISS -, e o momento em que o novo tributo entrará em vigor. 

"A semana está focada na reforma tributária. A repartição dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Regional é um ponto importante para Estados do Sul e Sudeste. Como vai ser a regra de governança do Conselho Federativo e quando entra em vigor o IBS. Esses são alguns dos pontos mais importantes para serem resolvidos para dar o passo ousado, mas necessário, que é o da reforma tributária para o Brasil", disse.

As declarações foram dadas ao chegar ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), onde governadores cumpriam agenda com o ministro Waldez Góes.

A avaliação do governador é de que "majoritariamente" o conceito da reforma tributária em discussão no Congresso é correto, mas pondera que o País abrirá mão de um sistema que dá mais autonomia para Estados e municípios para oferecer uma organização melhor para o contribuinte.

 

 

"Se vai ter perda de autonomia, vai ter órgão centralizado (de arrecadação) e conselho federativo, quais serão as regras de governança?", disse, externando preocupação com eventual acordo entre Estados ou regiões para a tomada de decisões no conselho em relação à interpretação de normas. "Com esses pontos resolvidos, para que se tenha governança com garantia de lealdade federativa, podemos avançar com tranquilidade", pontuou.

Nos últimos dias, a disputa entre os Estados por mudanças específicas na reforma tributária tem ficado mais aguda, principalmente após São Paulo apresentar alternativas para distribuição do FDR e composição do Conselho Federativo que beneficiam sobretudo o próprio Estado.

Os governadores do Sul e Sudeste se reúnem para discutir a reforma tributária em Brasília nesta terça. Os chefes dos Executivos regionais cumprem agendas com ministros, secretários e deputados para negociar os termos do texto. À tarde, o grupo se encontrará com o relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

 


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