Em carta, personalidades pedem reunião de Marchezan com municipários

Em carta, personalidades pedem reunião de Marchezan com municipários

Servidores da prefeitura de Porto Alegre fizeram novo ato no Paço Municipal

Henrique Massaro

Mesmo com chuva, municipários protestaram contra o prefeito no Paço Municipal

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Mesmo com chuva, o 23º dia da segunda maior greve do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre contou com grande adesão em ato realizado em frente ao Paço Municipal. Como forma de tentar flexibilizar a postura do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que tem se recusado a se reunir com categoria, os servidores dessa vez divulgaram uma carta com a assinatura de personalidades políticas e artísticas.

Desde o primeiro dia de paralisação, os grevistas pedem uma mesa de negociações para tratar da data-base, privatizações de órgãos públicos e projetos de lei na Câmara de Vereadores. De acordo com o diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, os vereadores presentes se comprometeram a entregar a carta ao presidente do Legislativo municipal, Valter Nagelstein, para que ele tente articular um encontro com Marchezan.

"A expectativa é de a Câmara cumprir o seu papel de tentar desbloquear a resistência do prefeito", disse ele, que explicou também que a categoria só não fez, de fato, a entrega física para o chefe do Executivo pois sabia que ele não receberia. “A negociação é um dos princípios fundamentais da democracia. Buscar o diálogo sobre os problemas que devem ser enfrentados é imprescindível para a construção de uma sociedade ampla e igualitária, além de uma importante demonstração de boa vontade”, diz o documento.

A carta também fala da necessidade de soluções construtivas para que a Capital volte a crescer e diz: “Nós, que subscrevemos essa “Carta de Porto Alegre pelo Diálogo”, entendemos que a categoria municipária quer dialogar e solicitamos essa disposição de ambas as partes, pelo bem maior da cidade e para fazer o que precisa ser feito. E isso, precisamos fazer juntos”.

Assinam a carta os ex-prefeitos João Dib, Raul Pont, José Fortunati, Olívio Dutra e Tarso Genro, esses dois últimos também ex-governadores. Além deles, os músicos e intelectuais Nei Lisboa e Raul Elwanger também assinam. Há, ainda, uma lista de intelectuais, movimentos sociais e 25 educadores. 


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