Em vídeo, Weintraub pede prisão de ministros do STF e Damares, de governadores

Em vídeo, Weintraub pede prisão de ministros do STF e Damares, de governadores

Registro da reunião foi exibido nesta terça, a um restrito grupo de pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello,

AE

Investigadores avaliam que o conteúdo da gravação "escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da Polícia Federal a seus filhos"

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O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril registra o ministro da Educação Abraham Weintraub dizendo 'que todos tinham que ir para a cadeia, começando pelos ministros do STF' e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves defendendo a prisão de governadores e prefeitos, indicam fontes que assistiram nesta terça, à peça chave no inquérito sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Também na reunião, Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Dória, de "bosta" e pessoas do governo do Rio de Janeiro de "estrume".

O registro da reunião foi exibido nesta terça, a um restrito grupo de pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, relator do inquérito sobre suposta tentativa de interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF. A exibição foi realizada no Instituto Nacional de Criminalística da corporação em Brasília, "em ato único" - conforme determinado por Celso de Mello - com participação de Moro, integrantes da Advocacia-Geral da União e procuradores e investigadores que acompanham o caso.

Investigadores avaliam que o conteúdo da gravação "escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da Polícia Federal a seus filhos" e que Jair Bolsonaro "justificou a necessidade de trocar o superintendente da corporação no Rio de Janeiro à defesa de seus próprios filhos" alegando que sua família estaria sendo "perseguida".

Assessoria da Damares alega interpretação fora de contexto

"A ministra Damares Alves, por meio de sua assessoria, disse que pediu a punição de prefeitos e governadores no contexto de desvios de insumos durante a pandemia e violação de direitos, citando como exemplo atos truculentos contra idosos que não respeitarem as regras de isolamento e distanciamento social. Segundo a assessoria, a ouvidoria do ministério tem 8500 denúncias sobre isso"

A assessoria de comunicação do Ministério da Educação informou que Weintraub não vai se manifestar.


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