Entidade e governadores do Nordeste criticam Bolsonaro por incentivar invasão de hospitais

Entidade e governadores do Nordeste criticam Bolsonaro por incentivar invasão de hospitais

Segundo a nota, o governo continua assumindo sua “atitude genocida” e se coloca como adversário da ciência

Estadão Contéudo

Declaração foi dada pelo presidente em live no Facebook nesta quinta-feira

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Entidade de saúde e governadores do Nordeste criticaram o presidente Jair Bolsonaro por incentivar a população a entrar em hospitais e filmar leitos de UTI. Eles chamaram o presidente de “negacionista” por minimizar a pandemia do coronavírus e desconsiderar evidências científicas.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) disse que o ataque “sistemático” do governo às instituições e servidores públicos e a “priorização escancarada dos interesses do mercado” é ainda mais “cruel” no contexto de pandemia. Segundo a nota, o governo continua assumindo sua “atitude genocida” e se coloca como adversário da ciência. “Isso demonstra total desprezo pela vida da população.”

E o Consórcio do Nordeste, composto pelos nove governadores da região, endereçaram uma carta a Bolsonaro, dizendo que “não é invadindo hospital  e perseguindo gestores que o Brasil vencerá a pandemia”. Eles aproveitaram para reclamar das recentes operações da Polícia Federal, que já atingiram o governador do Rio, Wilson Witzel e do Pará, Helder Barbalho. 

Eles relembraram que a Lei nº 13.979 dispensa a licitação em processos de urgência e que não havia tempo a perder. "Estamos inteiramente à disposição para fornecer todos os processos administrativos para análise de qualquer órgão isento. Mas repudiamos abusos e instrumentalização política de investigações. Isso somente servirá para atrapalhar o combate ao coronavírus e para produzir danos irreparáveis aos gestores e à sociedade."

O governador do Maranhão, Flávio Dino, ainda postou em sua conta no Twitter que “Bolsonaro não pode mandar extraoficialmente nada para Polícia Federal. Se mandar, tem que ser por ofício assinado. E a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não pode investigar”.


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