"Escolha de Amorim é completamente inadequada", diz presidente do PSDB

"Escolha de Amorim é completamente inadequada", diz presidente do PSDB

Ministro Antônio Patriota acredita que nomeação vai ajudar Brasil a conseguir cadeira no Conselho da ONU

AE

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O presidente nacional do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE), considerou hoje que a escolha do ex-chanceler Celso Amorim para substituir Nelson Jobim no comando do Ministério da Defesa foi "completamente inadequada". Na avaliação do tucano, o ex-ministro das Relações Exteriores não aparenta ter perfil ou vocação para atuar à frente da pasta. O futuro ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira, em João Pessoa, que se reúne amanhã com os comandantes militares, em Brasília, para tratar de assuntos referentes à pasta e também projetou conversa com a presidente Dilma Rousseff antes da posse.

"Além disso, ele tem uma posição sobre a política externa que não me parece ser a do atual governo federal", afirmou. A presidente aceitou, na quinta-feira, a demissão do ex-titular do Ministério da Defesa, que causou constrangimento no Palácio dos Planalto após criticar colegas da Esplanada dos Ministérios e revelar que votou no ex-governador José Serra, do PSDB, nas eleições presidenciais do ano passado.

O presidente do PSDB elogiou Jobim e considerou que ele "não cabia" no atual governo federal. "Ele tem um grau de competência, de firmeza e uma qualidade que não é típica na equipe ministerial da presidente Dilma", criticou Guerra. O deputado federal negou que tenha convidado o ex-ministro para ingressar no PSDB, mas ressaltou que as portas da sigla estão abertas

"O partido tem respeito e admiração por ele", acrescentou. Em entrevista ao Programa Roda Viva, na última segunda-feira, Jobim afirmou que, caso deixasse o governo, iria se dedicar a escrever um livro e negou que tivesse novas pretensões políticas.

Para o colega de Ministérios, das Relações Exteriores, Antônio Patriota, a nomeação de Amorim vai ajudar o país a obter um posto permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "O Brasil continua a desenvolver um perfil internacional de vetor da paz, com atuação muito participativa nas Nações Unidas, como nessa semana em relação à Síria", disse. "À frente da Defesa, Amorim vai contribuir para fortalecer esse perfil internacional do Brasil".

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