“Eu tenho direito”, diz Simon sobre aposentadoria

O senador Pedro Simon (PMDB) afirmou que a falta de aumento no salário de parlamentar foi o motivo para passar a ganhar a aposentadoria de ex-governador após duas décadas. “Eu tenho direito”, disse. No entanto, ressaltou que não entrou com o pedido antes, porque é contra. O peemedebista explicou que devido à criação da verba de representação para o Senado, a qual abdicou, os seus vencimentos não tiveram reajuste. “O Senado passou a não aumentar o salário e sim a verba. Eu era a favor de ganhar o meu salário de senador e ponto”, explicou. O valor da verba, segundo ele, é de R$ 17 mil e o salário fica em torno de R$ 10 mil líquido.

“Eu deixei o governo do Estado em 1990 e, durante todo esse tempo, não recebi. Também tenho direto a receber como deputado, porque paguei por 16 anos e segui contribuindo”, disse. O senador informou que a aposentadoria referente a dezembro já foi depositada em sua conta, mas não sabe exatamente qual é o valor. “Para ser sincero, ainda não sei”, disse.

Sobre a ex-governadora Yeda Crusius que deixou o cargo em 1º de janeiro e já entrou com o pedido para retirar a aposentadoria, disse: "Acho que está certo. É direito dela.”

Da sua casa em Rainha do Mar, no Litoral Norte, onde descansa durante o recesso no Senado, o político avalia o governo Dilma Rousseff como bom. “Estou gostando, só rezo a Deus para que ela seja firme no governo e que ela faça o que disse que iria fazer.” Simon não quis dizer se a atual presidente estava atuando melhor do que o seu antecessor, Luiz Inácio da Silva, mas afirmou que Dilma é pulso firme e aprova isso. “O (Nelson) Jobim chegou com um documento para ela assinar sobre os aviões para a França e ela chamou especialistas e disse que dará a resposta daqui três meses.”

“Agora saiu nos jornais que ela proibiu os ministros de andar nos jatinhos da FAB. No governo do Lula, eles passavam de jatinho para lá e para cá”, ressaltou. O senador ainda não teve oportunidade de falar com Dilma após a posse. Contudo, adiantou que a primeira coisa que vai dizer a ela é que o seu governo está “nota 10”. “Vou dizer que ela está bem e que gostei do discurso de posse. Vou pedir que ela seja firme e rigorosa e não permita nenhuma ilegalidade. Ponha quem errou rua.”