Ex-diretor da JBS depõe hoje na PF
Ricardo Saud foi convocado a prestar depoimento sobre irregularidades; presença de Janot também foi solicitada
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Saud está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde setembro de 2017. A prisão foi pedida por Janot após o empresário Joesley Batista entregar um áudio à PGR no qual abordava temas não revelados no acordo de colaboração.
Janot, por sua vez, confirma ter sido chamado para depor, mas diz não ter sido informado sobre se é investigado ou testemunha no inquérito. Janot diz ter enviado uma resposta por escrito na qual explica a impossibilidade de comparecimento no dia 12 e questiona a condição na qual será ouvido.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a oitiva será na condição de testemunha, uma vez que o ex-procurador-geral não é investigado no caso. Como integrante do Ministério Público, Janot pode sugerir data e local para seu depoimento, mas a decisão final é do Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração foi aberta após pedido da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, e já foi parcialmente concluída. Um dos investigados é o ex-procurador Marcelo Miller, suspeito de atuar para a JBS enquanto ainda era integrante do MPF.
A PF já concluiu parcialmente a investigação sobre o chamado Caso JBS e descartou a ocorrência de crimes envolvendo as citações a ministros do STF. Em dezembro, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, se reuniu com a presidente do STF para falar sobre o caso. Depois da audiência com Cármen Lucia, Segovia afirmou que o relatório é "parcial" e que a ministra é quem deve tornar públicas as conclusões da investigação. "As conclusões da investigação parcial estão nas mãos da ministra Cármen Lúcia e tão logo haja uma análise ela deverá expor ao público quais são essas conclusões", afirmou.