Ex-motorista da Delta mantém silêncio na CPI do Cachoeira

Ex-motorista da Delta mantém silêncio na CPI do Cachoeira

Funcionário de ex-diretor de construtora foi protegido por habeas corpus

Agência Brasil

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Protegido por um habeas corpus, o ex-funcionário da Delta Construções, André Teixeira Jorge, optou por ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira nesta terça-feira. Com isso, seguindo procedimento adotado pela comissão, ele foi dispensado pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Teixeira era motorista do ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, apontado como elo da organização chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e a empreiteira. Investigações da Polícia Federal (PF) mostraram que a evolução patrimonial de Teixeira e movimentações financeiras são incompatíveis com os rendimentos declarados. Por esse motivo há suspeitas de que ele tenha sido usado como “laranja” pelo grupo.

De acordo com o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), o ex-motorista movimentou cerca de R$ 800 mil antes e depois das eleições de 2010. A Delta Construções, empresa na qual trabalhava, é acusada de uma série de irregularidades, inclusive o envolvimento com o esquema de corrupção atribuído a Cachoeira.

O depoimento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), marcado para hoje, foi adiado e ainda não tem nova data definida. O parlamentar encaminhou ofício à CPI informando que não poderia comparecer à reunião. Ele alegou “importantes e inadiáveis compromissos pessoais anteriormente assumidos” para não comparecer, mas se colocou à disposição da comissão a partir do dia 18 de setembro.

Segundo investigações da PF, o parlamentar goiano recebeu dinheiro de Cachoeira e alertou o contraventor sobre operações policiais contra o grupo.

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