Expulso do PDT, Cherini ingressará no PR como presidente estadual
Deputado federal foi obrigado a sair por defender impeachment de Dilma
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“Eu não escolhi o caminho mais fácil. Escolhi o caminho que eu pudesse ter liberdade de nunca mais ser expulso de um partido. É um partido de centro, que trabalha a questão social e tem uma boa ideologia, principalmente porque dá liberdade aos estados. Com toda certeza, também construindo uma nova força no Rio Grande do Sul. É um partido que não tem nada, quase nada no Rio Grande do Sul. Vamos fazer a construção”, admitiu Cherini.
Quem deixará o posto de presidente estadual do PR para o ingresso de Cherini é o deputado federal Cajar Nardes. Na sua avaliação, a chegada de Cherini representará aumento de candidatos eleitos do PR, mas somente em 2018. O período para aqueles que desejam trocar de partido e concorrer em 2016 já se encerrou.
“É uma pessoa em quem a sociedade vem confiando há 16 anos. Isso é muito importante para qualquer partido político. É uma pessoa experiente que tem muito a contribuir. Eu achei que nesse momento eu teria que abrir mão (da presidência) para Cherini. Ele é um pulverizador de votos, faz votos em todo o Estado. Mas isso não vai se refletir em 2016?, projetou.
Cherini foi expulso do PDT por ter votado a favor da abertura do impeachment de Dilma Rousseff, em abril, na Câmara dos Deputados, desrespeitando orientação da legenda. Além dele, outros cinco pedetistas votaram pelo impeachment, mas nenhum sofreu a mesma punição por parte da cúpula da sigla. O argumento oficial do PDT para o fato é que Cherini foi o mais incisivo e atuante contra a, agora, presidente afastada.
Apesar da orientação nacional em defesa do mandato de Dilma, o PDT ainda não definiu o que fará com senadores como Lasier Martins (PDT/RS) que prometem votar pelo afastamento definitivo da presidente.