Fórum da Liberdade: Onyx defende reforma da Previdência e minimiza queda de popularidade do governo

Fórum da Liberdade: Onyx defende reforma da Previdência e minimiza queda de popularidade do governo

Ministro questionou credibilidade de institutos de pesquisa: "Era para estar preso o Datafolha"

Eduardo Amaral

Ministro projetou crescimento de 3% ao ano com reforma

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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM/RS), defendeu nesta segunda-feira a aprovação da reforma da previdência e garantiu que o projeto permitirá ao país um “portal de desenvolvimento”. As declarações foram feitas durante a participação do ministro do Fórum da Liberdade, evento realizado na PUCRS.
Falando diante de um público amplamente favorável às ideias liberais, Onyx conseguiu arrancar aplausos e apoio, cenário diferente do que tem apontado as pesquisas de popularidade do governo Bolsonaro. Durante sua palestra, o ministro garantiu que o projeto deve ser aprovado na Constituição da Comissão e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados até a próxima semana. A projeção do governo é que o texto seja levado ao plenário da casa até o início de junho.

Quando falou sobre o projeto, Onyx mostrou entusiasmo e garantiu que, se a reforma da previdência for aprovada “vai fazer com que a gente não precise falar em previdência nos próximos 20, 30 anos.” De acordo com os cálculos do governo, o projeto permitirá ao país um “crescimento mínimo de 3% ao ano. A reforma é a porta do paraíso”, declarou exultante. Em outro momento, Onix também resolveu avaliar o governo, e fez, de forma indireta, uma comparação com os antecessores. “Temos um time que não está lá para roubar, se locupletar”, declarou afirmando que a equipe está afinada.

Questionado pelos participantes sobre as dificuldades do governo na articulação política, Onyx justificou os embates em razão da mudança no perfil de governo. “Pela primeira vez em 30 anos não estamos negociando apoios com troca de cargos.” De acordo com ele, essas dificuldades já estão sendo trabalhadas e que o governo pretende “fazer dos parlamentares parceiros.”

Na saída do evento, falou com os jornalistas presentes em uma rápida coletiva de imprensa.  Um dos primeiros questionamentos não foi a respeito da previdência, mas a respeito da morte do músico Evaldo Rosa dos Santos, morto com 80 tiros por agentes do exército. “Essa é uma situação do Rio de Janeiro, estou aqui pra falar da previdência, e não vou responder sobre isso”, declarou. Ao falar sobre a previdência ele deixou claro que a investimentos em estados só poderão ser feitos com a reforma da previdência aprovada. Perguntado se a queda na popularidade do governo pode atrapalhar o projeto, Onyx colocou em xeque a confiabilidade dos institutos. “Medida por quem?”, perguntou. Um dos jornalistas lembrou que o Datafolha divulgou pesquisa apontando a impossibilidade, eis que novamente o ministro questionou. “Quando que ele acertou uma pesquisa no Brasil nos últimos 10 anos?” Mais uma vez os jornalistas lembraram que o instituto acertou a pesquisa eleitoral na eleição de Jair Bolsonaro. Então, Onyx encerrou atacando o instituto. “Que conversa, era para estar preso o Datafolha.”
 


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