Fórum Social das Resistências discute o papel da esquerda no Brasil

Fórum Social das Resistências discute o papel da esquerda no Brasil

Debate reuniu os ex-deputados Raul Pont e Raul Carrion e o presidente nacional do PSol, Luiz Araújo

Claudio Isaías

Debate reuniu os ex-deputados Raul Pont e Raul Carrion e o presidente nacional do PSol, Luiz Araújo

publicidade

O papel da esquerda brasileira na atual conjuntura política do país foi discutido na quarta-feira à noite no Fórum Social das Resistências (FSR) 2017 no auditório da Fetrafi, no Centro de Porto Alegre. O debate com mediação da presidente da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Ângela Guimarães, contou com as presenças dos ex-deputados Raul Carrion (PCdoB) e Raul Pont (PT) e do presidente nacional do PSol, Luiz Araújo.

O ex-deputado Raul Carrion, do PCdoB e presidente da Fundação Maurício Grabois, disse que as forças de esquerda brasileiras precisam construir uma frente ampla no país para combater um sistema neoliberal que quer destruir direitos históricos da população brasileira. “É um projeto antinacional orquestrado pelo governo golpista de Michel Temer”, lamentou. “Segundo Carrion, é fundamental que a esquerda consiga compor alianças com forças de centro esquerda e de caráter progressista para para evitar os ataques aos direitos dos trabalhadores. O ex-deputado afirmou que o “Brasil vive uma ofensiva das forças conservadoras de direita que têm uma agenda golpista que afastou o governo popular da presidente Dilma Rousseff”.

O ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, afirmou que o papel das esquerdas é de resistência contra os projetos neoliberais que querem reformar a Previdência Social e as leis trabalhistas. “O nosso papel é construir uma unidade entre as esquerdas”. Pont disse que é preciso discutir uma grande frente nacional de partidos formada por PT, PDT, PCdoB e Psol semelhante ao que existe em países da América Latina e da Europa.

O presidente nacional do Psol, Luiz Araújo, disse que o papel da esquerda é resistir ao golpe arquitetado pelo presidente Michel Temer que pretende retirar direitos históricos dos trabalhadores garantidos na Constituição de 1988. “A esquerda precisa se reorganizar e necessita realizar um acerto de contas com os erros cometidos no passado”, explicou. Araújo disse que o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff atingiu a todos e foi tramado para acabar com os direitos dos trabalhadores. “A elite brasileira não suportou os avanços sociais da população que ocorreu nos governos do PT”, comentou. Segundo Araújo, o governo de Michel Temer e o Congresso Nacional estão aproveitando a crise no país para realizar reformas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não conseguiu em dois mandatos. “Estão passando o trator para realizar às reformas da previdência e a trabalhista que somente interessam aos grandes grupos econômicos”, acrescentou.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895