Faixas e frases no asfalto pedem cassação de Jaqueline Roriz em Brasília

Faixas e frases no asfalto pedem cassação de Jaqueline Roriz em Brasília

Câmara votará perda do mandato da deputada suspeita de ter recebido dinheiro de mensalão

Agência Brasil

Jaqueline foi flagrada recebendo dinheiro em 2006

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Várias faixas foram espalhadas pelos principais locais de Brasília, nesta terça-feira, pedindo punição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). No caminho entre o aeroporto e o Congresso Nacional, por onde passam os parlamentares, há uma placa recomendando a cassação dela. Além disso, o asfalto foi pintado, no Eixão Norte, com frases que pedem o desligamento da deputada.

O futuro de Jaqueline deverá ser definido nesta tarde pelo plenário da Câmara dos Deputados. Os parlamentares votarão o projeto de resolução que recomenda a cassação do mandato por ter sido flagrada em 2006 recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do Distrito Federal (DF), Durval Barbosa.

A previsão é que a votação do projeto de cassação comece por volta das 16h. Antes, o Colégio de Líderes (partidários) se reúne para definir se o tema será o primeiro item da pauta de votações que incluirá outros assuntos. Para ser aprovado o pedido de cassação de Jaqueline Roriz são necessários, no mínimo, 257 votos favoráveis.

A votação ocorre no plenário e será secreta. Inicialmente, o relator do projeto recomendando a cassação, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), lê o documento recomendando a punição da deputada. Em seguida, a defesa de Jaqueline Roriz, feita pelo advogado José Eduardo Alckmin, tem cerca de 25 minutos para contra-argumentar.

Após a defesa do advogado, Jaqueline Roriz deverá se manifestar. Pessoas próximas à deputada disseram que ela está tranquila e que preparou sozinha o discurso. Para a defesa de Jaqueline Roriz, ela não pode ser cassada porque o ato – o flagrante em 2006 de ela recebendo dinheiro do delator e operador do mensalão do DF – ocorreu quando a deputada fazia campanha e ainda não exercia o mandato.

Em junho deste ano, o Conselho de Ética da Câmara aprovou o relatório de Sampaio pela cassação do mandato de Jaqueline, por quebra de decoro parlamentar. Ela anunciou que pretendia entrar com o recurso contra a decisão, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas desistiu.

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