Faremos de tudo para termos os votos necessários, diz Padilha sobre Previdência

Faremos de tudo para termos os votos necessários, diz Padilha sobre Previdência

Ministro da Casa Civil reforçou que decisão final sobre agenda da votação da reforma é de Maia

Agência Brasil

Ministro da Casa Civil reforçou que decisão final sobre agenda da votação da reforma é de Maia

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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou a intenção do governo em votar a reforma da Previdência em fevereiro. A afirmação, inclusive, já havia sido feita pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no fim de janeiro. Padilha, no entanto, deixa claro que a última palavra será do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma vez que é ele quem determina o que irá ou não para a pauta de votações na Casa.

"A posição do governo é liquidar esse tema em fevereiro. Nós queremos votar e estamos fazendo de tudo para que tenhamos os 308 votos. A disposição do governo é votar. Agora, vamos deixar claro que quem faz a pauta da Câmara é o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia", disse Padilha, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta.

Há, portanto, uma brecha no discurso do governo para alterar a agenda da reforma, embora Rodrigo Maia, em dezembro, tenha previsto o início do processo de votação para logo depois do Carnaval, a partir do dia 19.

O próprio Rodrigo Maia já declarou que não colocará o assunto em pauta sem a garantia de votos necessários para sua aprovação. "Não é bom para o Parlamento, e muito menos para o Brasil, ter uma votação com resultado ruim", disse Maia, na ocasião.

Padilha, no entanto, acredita que a "batalha", como chama o processo de convencimento da sociedade e do Congresso em prol da reforma, deve ser encerrado este mês. "Nós temos uma batalha que deve ter um momento de parar. Na nossa visão, tem que ser em fevereiro. E faremos de tudo para termos os votos necessários".

O ministro da Casa Civil também negou a falta de avanço na conquista de votos. Sem falar em número de votos - "muita calma", dizia quando perguntado -, Padilha acredita que a mudança de opinião da sociedade a respeito da reforma refletirá na decisão dos deputados. "Se olharmos o que se sente na sociedade em relação à Previdência, mudou muito. E como o parlamentar é um representante do povo, resume-se que a mudança ocorrida nas bases de sustentação dos
parlamentares tenha influência na sua posição no Congresso Nacional".

A última contagem divulgada pelo relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), estima que o governo tem 275 votos a seu favor. Para garantir a aprovação, são necessários 308 votos. Padilha repetiu o que já vem sendo falado por outros integrantes do governo: o texto pode ser mudado sob garantia de mais votos.

"Se nos mostrarem por a, b, c que efetivamente nos garantam os votos para que a gente possa aprovar, aí é possível que se faça ainda alguma mudança", afirmou. As mudanças, no entanto, não são negociáveis quando o assunto é o aumento da idade mínima para aposentadoria, além da unificação do limite de benefício, algo que o governo tem chamado de "fim dos privilégios". A intenção do governo é estabelecer um teto único de aposentadoria, de R$ 5,5 mil reais, para todos.

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