Feliciano diz que "satanás" dominava CDH durante culto em MG
Deputado federal e pastor enfrenta pressão para deixar o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos
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O evento foi organizado pela União das Igrejas Abençoando Passos (Uniap) e reuniu cerca de 2 mil pessoas no ginásio. "Pela primeira vez na história desse Brasil, um pastor cheio de espírito santo conquistou um espaço que até ontem era dominado por satanás", afirmou Feliciano.
Alvo de protestos de ativistas de direitos humanos e do movimento LGBT, Feliciano disse que "está sangrando", mas afirmou que seguirá pregando. "Sei que Jesus me levantou neste momento para abrir os olhos da igreja brasileira", discursou.
Do lado de fora do culto, um protesto convocado por estudantes reuniu cerca de 50 pessoas com faixas que pediam a renúncia do deputado. Ao se referir aos manifestantes, Feliciano disse que "a natureza deles é gritar, xingar, falar palavras de ordem. É dar beijos no meio da rua, tirar a roupa. A natureza deles é expor um homem como eu, pai de família, ao ridículo”.
Após a pregação, o deputado usou a internet para dizer que sua presença em Passos foi um sucesso. Pelo Twitter, afirmou que "foi lindo ver os cristãos unidos em apoio a nossa causa". A assessoria de Feliciano informou que o deputado fez as declarações na condição de pastor, e não na de parlamentar.
Feliciano enfrenta nova rodada de pressão política
Nesta semana, Feliciano enfrenta uma nova rodada de pressão política para abandonar o cargo na CDH. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), prometeu na semana passada reunir os líderes partidários em uma reunião com o deputado para pedir que ele deixe o posto.
Desde a chegada de Feliciano à presidência do colegiado a comissão não consegue funcionar, fato que deve ser usado como principal argumento pelo peemedebista e líderes de partido para convencer o deputado do PSC a abandonar a presidência da comissão.Em diversas entrevistas, no entanto, Feliciano já deixou claro que não tem interesse em sair. O partido do congressista defende sua permanência.