Feltes descarta aumento de contribuição previdenciária para assinar acordo da dívida

Feltes descarta aumento de contribuição previdenciária para assinar acordo da dívida

Sobre venda do Banrisul, secretário reiterou que se desfazer do banco estatal não está no horizonte do Piratini

Feltes reafirmou que Banrisul não está no "horizonte" de privatizações do governo

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Depois que o estado do Rio de Janeiro teve de se comprometer a cortar gastos em até R$ 9 bilhões em 2017 e elevar a alíquota de contribuição previdenciária para receber socorro financeiro da União, o governo do Rio Grande do Sul garantiu nesta sexta-feira que não vai aumentar a parcela para os servidores gaúchos. O Rio confirmou na quinta-feira que vai elevar o percentual de 11% para 22% durante o período de três anos. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, descarta a possibilidade e fala que outras medidas de austeridade já foram tomadas e apresentadas ao governo federal.

“Não existe nenhuma possibilidade. O governo do Estado vem fazendo seu dever de casa antes mesmo da alternativa oferecida pela União para a recuperação fiscal. O RS já mudou muito sua realidade inicial de dois anos atrás. Nenhuma possibilidade de o governo discutir ou propor mudanças no percentual de alíquota previdenciária para tentar suprir o rombo das contas do Estado”, garantiu Feltes.

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O governo gaúcho conseguiu aprovar a proposta de elevação da contribuição de servidores civis e militares para a Previdência. Com 28 favoráveis e 24 contrários, a Assembleia Legislativa deu anuência para descontar 14% dos salários dos servidores. Até então, a alíquota era de 13,25%. Com isso, o governo federal reconheceu que o Rio Grande do Sul está a frente de outros estados em contenção de gastos. Além da questão previdenciária, entraram no bolo ações como extinção de secretarias, autarquias e fundações.

O titular da Fazenda ainda ressalta que o projeto de retirada da necessidade de realização de plebiscito para a venda de estatais é fundamental para que a União feche acordo com o Estado para a adesão ao Plano de Recuperação Fiscal. O socorro vai permitir carência de três anos para pagamento das parcelas mensais da dívida.

Questionado sobre a venda do Banrisul, Feltes reiterou que se desfazer do banco estatal não está no horizonte do Piratini. O tema ganhou força depois que uma reportagem do Valor Econômico mostra que o governo gaúcho incluiu no rol de contrapartidas o repasse da instituição bancária à iniciativa privada.

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