A força-tarefa da Operação Lava Jato divulgou nota, nesta quarta-feira, comentando os supostos ataques hacker a contas de Telegram nos celulares de membros do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR). Conforme o texto, os procuradores "descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo". Nesta quarta, o ministro da Justiça, Sergio Moro, prestou esclarecimentos no Senado sobre as mensagens divulgadas pelo site The Intercept BR. O ex-juiz crê que foi através de um hacker que as informações foram obtidas.
O procurador Deltan Dallagnol garantiu que a ação resultou na exclusão de todas as informações das contas no Telegram. "Por razões de segurança pessoal e pelo risco de comprometimento de investigações em curso, a decisão na época foi de desativar a conta – o que exclui o histórico tanto na nuvem quanto no celular", relatou no Twitter.
"Houve reativação de contas para evitar sequestros de identidade virtual, o que não resgata o histórico de conversas excluídas", prosseguiu nota do MPF. "Também imediatamente após as constatações, e antes que houvesse notícia pública sobre a investida hacker, a força-tarefa comunicou os ataques à PGR e à Polícia Federal em Curitiba", apontou a força-tarefa.
Segundo o MPF, a Procuradoria-Geral da República instaurou procedimento administrativo para acompanhar a apuração das tentativas de ataques cibernéticos a membros do MPF.
Por orientação da PF e da PGR, trocamos inclusive de aparelho e números telefônicos. https://t.co/oEm49DI4hK
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) June 19, 2019
Correio do Povo