Funcionários da TVE e FM Cultura mantêm greve por acordo sobre Plano de Demissão

Funcionários da TVE e FM Cultura mantêm greve por acordo sobre Plano de Demissão

Fundação Piratini demitiu 14 funcionários nessa quinta-feira

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Fundação Piratini demitiu 14 funcionários nessa quinta-feira

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Em assembleia realizada nesta sexta-feira, os trabalhadores da FM Cultura e da TVE decidiram se manter em greve até que seja firmado um acordo a respeito do Plano de Demissão Voluntária (PDV) no âmbito das seis fundações que serão extintas pelo governo gaúcho, conforme determina a lei aprovada, há um ano, pela Assembleia Legislativa. Por 46 votos favoráveis e 37 contrários, a paralisação ficou mantida. Na quinta-feira, 14 funcionários foram demitidos: o primeiro grupo desde o anúncio da extinção.

Segundo o cinegrafista da TVE Beto Azevedo, a direção da Fundação Piratini se precipitou, demitido os funcionários antes do fim do processo de negociação. “É uma questão mais humanitária do que trabalhista. Eles poderiam ter aguardado o acordo entre a Frente Jurídica e PGE”, salientou.

De acordo com o presidente da Fundação Piratini, Orestes de Andrade Júnior, parte dos colaboradores pretende retomar as atividades e a previsão é de que a programação se normalize na próxima segunda-feira. Ele garantiu que, a partir daí, o ponto daqueles que faltarem vai ser cortado.

A negociação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) permanece em aberto. A mediação, porém, não impede as demissões. Os 14 funcionários desligados, que também podem ser incluídos nesse acordo coletivo, não possuíam estabilidade funcional reconhecida e não eram acolhidos por nenhuma decisão liminar da Justiça do Trabalho, conforme a Fundação.

O prazo final para os sindicatos se manifestarem sobre a proposta de acordo trabalhista era 27 de novembro. Depois disso, a oferta corria risco de perder a validade. Mesmo assim, o governo ainda espera um posicionamento dos sindicatos ligados às seis fundações para a próxima segunda-feira. Se a proposta não for aceita, os servidores sem estabilidade serão demitidos e os demais, realocados na estrutura administrativa do Estado.

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