Gaúchos são cotados para novo ministério de Dilma

Gaúchos são cotados para novo ministério de Dilma

Governador nega intenção de voltar a Brasília, mas nome de Tarso é citado

Correio do Povo

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Em público, o governador Tarso Genro afirma que integrar o novo ministério da presidente Dilma Rousseff não está entre suas pretensões. Ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, Tarso é apontado como um dos nomes que o Rio Grande do Sul tem a oferecer para Dilma em termos de quadros políticos.

Rossetto assumiu a coordenação da campanha de Dilma à reeleição no início de setembro, logo após o vazamento dos primeiros nomes citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimentos feitos sob acordo de delação premiada. O ministro se licenciou para reforçar a equipe de Dilma no momento mais delicado da campanha presidencial.

O gaúcho substituiu o presidente nacional do PT, Rui Falcão, no grupo. Apesar de exercer a principal função da campanha eleitoral de Dilma até então, Falcão, sempre que possível, lançava o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a próxima disputa presidencial, em 2018.

Rossetto agora integra, junto com o atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o governador baiano Jacques Wagner, o núcleo de petistas mais próximos à presidente. “O Rossetto teve um papel estratégico na eleição. Ou é Casa Civil ou é Relações Institucionais”, aposta o presidente do PT gaúcho, Ary Vanazzi. No passado, a Secretaria de Relações Institucionais já foi ocupada por Wagner e por Tarso. Hoje é comandada por Ricardo Berzoini, peso-pesado do PT paulista.

Desde que perdeu a eleição, o governador gaúcho assinala que vai se dedicar à “reconstrução do PT”. E tem falado muito sobre a importância que o chamado Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) teve no governo federal e em sua própria administração. O Conselhão nacional, que Tarso foi o primeiro a comandar, durante o governo Lula, perdeu peso no primeiro mandato de Dilma. “Quando o Tarso fala em reconstrução do partido, é preciso ler nas entrelinhas. Ninguém da estatura dele fica se oferecendo para cargo. De mais a mais, a reconstrução do PT acontecerá também dentro do governo, com articulação”, assinala um membro da coordenação da campanha petista.


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