General Amaro é escolhido por Lula para comandar GSI

General Amaro é escolhido por Lula para comandar GSI

Amaro chefiou a Casa Militar no segundo mandato de Dilma Rousseff, interrompido pelo impeachment, e vai substituir o general Gonçalves Dias, que deixou o cargo há uma semana

Correio do Povo

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O general Marcos Antônio Amaro dos Santos foi o escolhido para assumir como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A indicação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com ministros nesta quinta-feira no Palácio da Alvorada. Com o anúncio do novo ministro, Lula busca colocar fim a uma queda de braço no governo sobre o novo formato do GSI e mantém a estrutura formada por militares. Amaro chefiou a Casa Militar no segundo mandato de Dilma Rousseff, interrompido pelo impeachment, e vai substituir o general Gonçalves Dias, que deixou o cargo há uma semana. A saída de Dias se deu após as imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele circulou pelo terceiro andar do prédio, onde está o gabinete de Lula, sem deter os invasores, no dia 8 de janeiro.

Exonerações

O anúncio ocorre em meio ao processo de demissões no GSI. Na quinta-feira, o ministro interino, Ricardo Cappelli, determinou a exoneração de mais 58 servidores da pasta. Na quarta-feira, outros 29 funcionários foram dispensados do órgão, incluindo quatro que ocupavam postos de comando. As medidas foram tomadas em um movimento classificado por seus assessores no Palácio do Planalto como a “desbolsonarização” do órgão. O total de demitidos chega agora a 87 servidores.

As novas exonerações serão publicadas no Diário Oficial da União desta sexta. Segundo o GSI, as demissões são parte de uma “renovação do quadro de funcionários”. Cappelli assumiu interinamente o comando do GSI no último dia 19 deste mês, imediatamente após a queda do general Gonçalves Dias. Cappelli foi incumbido por Lula de realizar um “raio-x” na pasta para identificar possíveis participantes da tentativa de golpe.

O ministro também exonerou “a pedido” o ex-chefe de gabinete da secretaria-executiva do GSI, Jorge Henrique Luz Fontes. Em depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira, Dias disse que ocorreu um “apagão” de inteligência no GSI durante os atos antidemocráticos. Imagens divulgadas por Cappelli a mando do ministro Alexandre de Moraes, do STF, mostram efetivo reduzido do GSI e do Batalhão da Guarda Presidencial na defesa do Planalto no momento em que ocorreu a invasão.


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