General Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados em operação no Rio

General Braga Netto tem sigilos telefônico e bancário quebrados em operação no Rio

Ofensiva apura licitações fechadas durante período de intervenção no Rio de Janeiro, em 2018

Correio do Povo

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O general Walter Braga Netto teve os sigilos telefônico, bancário e telemático quebrados em uma operação da Polícia Federal que foi realizada nesta terça-feira. Segundo informações do site R7, a ofensiva apura licitações fechadas durante o período de intervenção no Rio de Janeiro, ocorrido em 2018. 

O general foi nomeado interventor pelo ex-presidente Michel Temer. Além de Braga Netto, outros integrantes do Gabinete de Intervenção Federal e empresários estão entre os investigados. A PF acredita que os valores irregulares podem chegar ao montante de R$ 4,6 milhões. 

O R7 tenta contato com a defesa de Braga Netto.

Investigações 

Investigações da PF apontaram indícios de conluio entre a empresa norte-americana CTU Security LLC e servidores públicos federais, que resultaram na dispensa de licitação e possível sobrepreço na compra dos equipamentos de segurança. 

Estão sendo investigados os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. O Tribunal de Contas da União identificou, segundo a PF, sobrepreço potencial de R$ 4,64 milhões em uma compra com valor total de US$ 9,45 milhões (cerca de R$ 40 milhões no câmbio da época).

O pagamento foi feito no dia 23 de janeiro de 2019, mas acabou sendo estornado em setembro daquele ano, depois de suspensão do contrato pelo TCU. 

A ação desta terça-feira, chamada de Operação Perfídia, investiga ainda o envolvimento de duas empresas brasileiras que atuam no comércio de proteção balística e que formam um cartel desse mercado no Brasil, com contratos públicos milionários. 

O GIF foi um órgão criado pelo governo federal para coordenar a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio, que durou de fevereiro a dezembro de 2018. Além de ter o controle operacional das polícias estaduais, o gabinete fez diversas compras de equipamentos para essas instituições.


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