Giovani Feltes justifica decreto suspendendo pagamentos
Decreto foi assinado na tarde desta sexta-feira pelo governador
publicidade
O prazo dado, segundo o secretário, é para ter tempo de analisar os acordos. “Há de se reconhecer que esses 180 dias são absolutamente necessários para não só sinalizar para a sociedade e para as demais secretarias qual será o rumo do governo, mas também que possam produzir resultados. E esses resultados que nós não sabemos ainda quantificar já devem ser razoavelmente significativos diante da imensidão dos problemas”, apontou Feltes.
Feltes afirma que os técnicos da equipe de transição apontaram um déficit de R$ 5,5 bilhões no cofre do governo. Questionado se tentaria barrar o aumento salarial de deputados estaduais, de secretários, do próprio governador e de seu vice, respondeu que a decisão cabe somente ao chefe do Executivo. “Essa é uma situação que deve ser avaliada apenas ao governador. Essa atividade compete única e exclusivamente a ele… Existe uma autonomia do poder legislativo, que tomou suas decisões. Cabe a mim respeitá-las. De um modo geral, a avaliação em relação à justeza, à necessidade de contrariá-la ou então, de um modo geral, de sancioná-la, observando e acolhendo a decisão do legislativo, não deve ser minha. Sou um secretário da Fazenda. É o governador que deve falar sobre isso”, enfatizou o secretário.
Em seu discurso de agradecimento e de despedida da Pasta, o ex-secretário Odir Tonollier destacou pontos que considerou marcantes em sua gestão. A primeira, segundo o auditor concursado do Tribunal de Contas do Estado, é com relação ao investimento de 12% em saúde que foi cumprido na gestão do governador Tarso Genro. Além disso, Tonollier salientou que sua administração conseguiu entregar todas as contas em dia e que, portanto, não haveria nenhum déficit para ser pago na gestão de Sartori.
O ex-chefe da Pasta enfatizou que a principal preocupação é com relação a projetos que estão em andamento e não devem, na visão de Tonollier, ser interrompidos. Com relação ao decreto do governador Sartori, de adiar por 180 dias o pagamento a fornecedores, Tonollier apontou que o efeito será o contrário ao esperado, já que obras e serviços prestados por empresas terceirizadas, por exemplo, ficarão paralisados, prejudicando a população.