Gleisi declara que Lula ficará no sindicato dos metalúrgicos: "É um local público"
Prazo para que ex-presidente se apresentasse à Justiça encerrou às 17h desta sexta-feira
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Segundo a petista, ao permanecer no sindicato, mesmo após o fim do prazo dado pelo juiz Sérgio Moro para que ele se entregasse, não está descumprindo nenhuma ordem judicial. Ela ressaltou que decisão de Moro dava a opção a Lula, mas não o obrigava. "O sindicato é um local público".
Com um discurso forte, a presidente do PT falou em luta até o final. "Não espere que a gente caminhe para o brete de cabeça baixa, como em um matadouro. É aqui que estamos e ficaremos para mostrar ao Brasil a nossa luta".
Gleisi disse que haverá amanhã, na sede do sindicato, às 9h30min, uma missa em homenagem a Dona Marisa, mulher de Lula que faleceu no ano passado. A petista disse ainda que Lula decidiu ficar porque ainda aguarda as manifestações da ONU e do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a recursos que aguardam resultado.
"Moro deu a opção de Lula ir a Curitiba, mas ele escolheu ficar em um endereço público. Resolveu ficar no lugar símbolo de resistência e luta dos trabalhadores e trabalhadoras", discursa a presidenta do PT, @gleisi , no Sindicato dos Metalúrgicos. #OcupaSaoBernardo
— PT Brasil (@ptbrasil) 6 de abril de 2018
Lula foi condenado no processo do triplex por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na primeira instância, Moro condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. Na segunda instância, após análise do recurso da defesa, os desembargadores do TRF4, em janeiro deste ano, mantiveram a condenação e aumentaram a pena para 12 anos e 1 mês e orientaram que a prisão fosse cumprida após exauridos os recursos cabíveis.
Em março o TRF4 negou os embargos de declaração da defesa do ex-presidente. Na madrugada da última quinta-feira o STF, por 6 votos a 5, negou habeas corpus preventivo. No final do dia Moro determinou a prisão.
Durante a sexta-feira os advogados do petista ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ, que também foi negado. A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.
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